A defesa da natureza e do homem

Poucas vezes a questão da defesa da natureza ocupou tantos espaços, sobretudo nos meios de comunicação, como acontece hoje

Valdemir Caldas
Publicada em 23 de agosto de 2019 às 14:43

Poucas vezes a questão da defesa da natureza ocupou tantos espaços, sobretudo nos meios de comunicação, como acontece hoje. E não é sem motivo. Afinal, a vida é um direito fundamental do homem e a defesa da natureza uma imposição da vida, porém preservar a natureza, sem condenar o homem à morte por inanição, é reivindicação da qual se não pode afastar os verdadeiros defensores da causa.

Ontem, mesmo, a Câmara Municipal de Porto Velho realizou uma audiência pública para tratar sobre as queimadas, frequentes nessa época do ano. A iniciativa - diga-se de passagem, louvável -, partiu do vereador pastor Edésio Fernandes, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, e contou com a participação de autoridades estaduais, municipais e representantes de entidades governamentais e não governamentais. Ao justificar sua proposição, o parlamentar destacou a imagem negativa do país no cenário mundial, inclusive, revelando dados que apontam para o aumento de 160% de queimadas, entre os meses de janeiro e agosto deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado, o que não deixa de ser preocupante.

Entretanto, falar da preservação de nossas florestas e da conservação dos nossos recursos, sem, contudo, oferecer condições de sobrevivência ao homem do campo, brutalmente prejudicado por um sem-número problemas, é malhar em ferro frio. Na prática, o que pretendem alguns ambientalistas é adotar politicas atentatórias às nossas aspirações, por meio de programas e mecanismos de governo que nos deixem à margem dos avanços que possibilitem a exploração racional de nossos próprios recursos.

 

O que se observar – e não é de agora – é a tentativa internacional de transformar a Amazônia em reserva ecológica sem oferecer absolutamente nada em troca aos que nela vivem. Esse tipo de conduta precisa não somente ser combatida como também levada à sociedade brasileira, para que todos, dos quatro cantos do país, tenham a exata consciência da verdade. Não é por demais repisar, contudo, que, das diferentes áreas ainda intocadas em todo o planeta, a Amazônia é a de maior destaque não somente pela viabilidade da exploração de seu potencial natural, como também pela facilidade de acesso, o que não ocorre com as outras.

 

Por trás de tudo isso, percebe-se, de pronto, uma campanha mordaz e gratuita contra a Amazônia a titulo de se preservar o que o produtor e o homem da cidade estariam matando. E alguns órgãos governamentais e não governamentais se arriscam a ensinar ao produtor rural, ao homem do campo, como preservar o meio ambiente. Esquecem-se de que, além de profundo conhecedor do ecossistema, ele tem sido o sentinela sem farda da nossa floresta.

No fundo, o que grupos internacionais estão querendo e desejando mesmo é lançar mão das nossas riquezas. E o povo dessa região e o Brasil inteiro precisam tomar consciência dessa verdade. A defesa da natureza é importante, não se discute, mas é preciso, também, manter o homem vivo, pois ambos são criação de Deus.

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