Os moradores de Porto Velho hão de concordar comigo de que a situação da segurança pública se apresenta a cada dia mais grave, conquanto autoridades do setor insistam em dizer que tudo está sob controle. É verdade que o governo do Cel. Marcos Rocha conseguiu avançar em algumas coisas, mas, no geral, os resultados não são nada animadores.

A população continua amedrontada com a onda de selvageria que domina a capital do estado de Rondônia. É só acompanhar o noticiário para ver a velocidade com que vez crescendo o número de registros de homicídios. A área rural, que antes carregava um ar de paz e tranquilidade, vê crescer a violência. Pequenos agricultores, que vivem do que plantam, são frequentemente incomodados com a presença de marginais, que não dispensam uma simples ferramenta de trabalho.

Porto Velho está entre as capitais mais violentas do Brasil, sem que as autoridades consigam deter a onda de selvageria que ameaça toda a população e coloca em xeque muitas de suas organizações públicas. Não há quase um só dia em que a cidade não seja sacudida por ocorrências terríveis. E onde estão as pessoas que o contribuinte paga para lhe garantirem a paz e a tranquilidade? Será que o poder público é incapaz de responder aos desafios da criminalidade?

Todo mundo sabe que é importante a aquisição de equipamentos e a construção de prédios, mas isso é muito pouco para resolver os graves problemas da segurança. Por mais humilde que seja o cidadão, ele já percebeu quão pobre e ilusória é a pretensão de achar que máquinas, obras e equipamentos são suficientes para mudar a face de Porto Velho, deformada pela violência.