A polêmica do corona só aumenta: justiça tem opiniões divergentes e denúncias contestadas
Claro que repercutiu comentário dessa coluna relacionado com as ações tomadas pelo governo do Estado, na guerra contra o coronavírus
Claro que repercutiu comentário dessa coluna relacionado com as ações tomadas pelo governo do Estado, na guerra contra o coronavírus. O que o texto afirmou, apenas, é que Rondônia tem estado um passo à frente do vírus – e por isso tão poucos casos registrados – porque agiu com antecipação em relação a outras regiões. Nada mais que isso. O respeitado empresário Maurílio Vasconcelos, por exemplo, enviou longo texto, contestando essas afirmações. Lembrou que o número de testes feitos dá um alivio enganoso, porque o total de pessoas contaminadas pode ser muito maior. Mas é bom registrar que a subnotificação, (que ele aborda com razão), não é, contudo, maior do que a que ocorre em outros Estados, proporcionalmente. Mas esse não foi o mote do que abordou a coluna. Apenas se comparou Rondônia com outros Estados, que começaram a agir só depois que a pandemia se implantou. Também não se tocou, naquele texto, sobre o caso do taxista morto, considerado por Maurílio que “desnuda a situação muito grave em Porto Velho”, afirmação com a qual, obviamente, a coluna não concorda, embora respeite todas as opiniões divergentes. Já a vereadora Ada Dantas fez duras acusações contra a saúde pública, contestadas pelas autoridades. Há, no geral, muitas dúvidas entre a população. Enfim, o caso corona vírus vai causar ainda muito debate, muita discussão, muitas críticas e até elogios, embora esses, claro, devam ser muito raros. É polêmica pura!
Apenas como exemplo do que está acontecendo, pode-se citar o caso da cidade de Ariquemes, onde a polêmica só aumenta. Ali, em três sentenças, houve três decisões diferentes. Uma juíza determinou que o decreto do prefeito Thiago Flores de abrir parte do comércio da cidade, mesmo com cuidados de prevenção contra o corona vírus, devia ser cassado. A alegação é que se deve priorizar a vida e não a atividade econômica. Antes que completasse 24 hortas, outra decisão, de outro magistrado, mudou tudo, sob a alegação de que não havia ilegalidade nas decisões da Prefeitura e que parte do comércio poderia atender, sim, a população. Agora, nova mudança: o desembargador Gilberto Barbosa, do Tribunal de Justiça de Rondônia, decidiu que o comércio não essencial da cidade, deve mesmo permanecer fechado, cassando decisões do prefeito Thiago Flores e do juiz que havia autorizado a abertura. O caso é e extrema controvérsia. E não só em Rondônia, mas em várias regiões do Brasil, onde o tema tem dividido representantes do Judiciário, assim como opinião de autoridades e da própria população. Agora vale, é claro, a decisão da Justiça em grau superior. Portas do comércio não considerado essencial fecham de novo, na cidade. Sobre o corona, aliás, deve-se informar que temos 32 casos confirmados (só em Porto Velho são 25); do corona vírus; 10 desses contaminados já estão curados e não há ainda nenhuma internação.
CEMETRON DESMENTE QUE ESTÁ SEM EPI
Nessa hora de crise, há sempre o risco de que informações transmitidas ao público possam ser distorcidas. Pois isso é sempre bom checar cada uma delas. A vereadora Ada Boabaid divulgou um vídeo, que bombou nas redes sociais, fazendo duras críticas não só ao Cemetron, como também ao secretário Fernando Máximo, denunciando um caso de um homem que estaria com suspeita de ter sido contaminado pelo corona vírus e que teria tido atendimento negado no Cemetron. Ada afirmou ainda que o atendimento não foi feito, porque os profissionais não tinham equipamentos de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e por isso teriam se negado a receber o paciente. A dra. Stella Zimmerli, diretora do hospital, desmentiu a postagem. Num outro vídeo, a diretora Stella mostrou que o Cemetron tem EPIs suficientes para atendimento e explicou que os três médicos de plantão estavam fazendo atendimentos naquele momento. Foi pedido que a ambulância que trazia o paciente aguardasse até que um dos médicos pudesse atendê-lo. Feito o exame, deu negativo: o doente não tinha sido contaminado pelo vírus. O Cemetron atende somente casos moderados a grave.
PREFEITURA TAMBÉM CONTESTA VEREADORA
No vídeo, Ada Boabaid também bateu firme na Prefeitura. Alegou que os funcionários que trabalham à noite estão passando fome, porque não recebem alimentação, a não ser que seja comprada com seu próprio dinheiro. Também denunciou que o adicional noturno não está sendo pago para os trabalhadores da saúde que atuam nas UPAs. A assessoria de comunicação da Prefeitura contestou a ambas as denúncias. Disse que todos os funcionários recebem almoço e janta via marmitex, para que a cozinha das UPAS não seja usada, nesse período de corona vírus e dos seus riscos. E que ocorreu um caso isolado na questão do não pagamento do adicional noturno de uma UPA específica, porque a relação dos que tinham direito, chegou atrasada, depois que a folha do mês foi fechada. No próximo pagamento, esse direito estará incluído, junto com o adicional do próximo mês. Como são poucos os que vão receber informações da versão de quem foi acusado, certamente o vídeo com as pesadas denúncias da vereadora vai continuar sendo compartilhado, como se fosse a única verdade. Uma pena, ainda mais num momento de grande tensão como o que estamos vivenciando.
PROFESSOR APLAUDE WALTENBERG
Outro tema da semana, que causou opiniões divergentes, embora a maioria tenha concordado com o autor do texto, foi a opinião publicada, na íntegra, pelo desembargador Walter Waltenberg, em defesa do Fundo Partidário. Afora algumas opiniões mais agressivas e até um ou outro ataque pessoal, lamentável, nas redes sociais, se viu que a abordagem feita por Waltenberg mereceu registros positivos. O respeitado professor e cientista político João Paulo Viana, com sua opinião abalizada, publicou texto nas redes sociais que parabenizava Waltenberg,”pela belíssima defesa do Fundo Eleitoral”. Considerou “uma opinião sensata e corajosa, numa hora em que o discurso dos aproveitadores muitas vezes predomina”. João Paulo diz que tem trocado correspondência e escrito para importantes nomes da ciência política e que tem expressado a esses estudiosos, como ele, seu descontentamento e preocupação, “com a forma com que o tema do Fundo Eleitoral tem sido tratado pela imensa maioria dos indivíduos”, ainda mais, sublinha, “nesse momento de pandemia”!. No final, escreveu: “as palavras do Dr. Waltenberg, são um alento à racionalidade, em tempos de escuridão”.
SEM AFTOSA, SEM VACINA: NOSSA CARNE VAI AO MUNDO
Foi uma batalha de décadas. Uma luta que envolveu produtores e sucessivos governos do Estado. Agora, finalmente, tanto tempo depois, Rondônia é considerada oficialmente uma região livre da febre aftosa, sem vacinação. São poucos os Estados brasileiros que têm esse privilégio. Isso significa que a carne produzida pelo nosso rebanho de mais de 14 milhões de cabeças, chegará ao mercado internacional muito mais valorizada. Representará um grande salto para a produção pecuária e para o agronegócio rondonienses. A última campanha de vacinação em Rondônia ocorreu no final do ano passado. O reconhecimento oficial, deverá ocorrer em meados do ano que vem, quando a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal,), dará a Rondônia, oficialmente, o certificado internacional de região livre de aftosa sem vacinação. Num momento de tantas más notícias, essa conquista deve ser comemorada sim, pelo que representará para o futuro do nosso agronegócio, sob todos os aspectos que se for analisar.
PONTE: SÓ DAQUI A UM ANO?
O ex deputado Lindomar Garçon informou nas redes sociais que as obras da ponte de Abunã, sobre o rio Madeira, ligando finalmente por terra Rondônia e Acre, estaria com obras andando. Em parte, tem razão. Todo o sistema de acesso à ponte do lado de lá do rio, em direção aos nossos vizinhos acrianos, está praticamente concluído. A previsão é que os últimos detalhes da obra, naquele trecho, seja concluído neste final de semana ou, no máximo, nos próximos dias. Já com relação ao acesso do lado de cá, que é o problema maior, aí não! Terão que ser construídos mais de 500 metros da ponte, para que o acesso seja liberado. Em primeiro lugar, esse trabalho só poderá ser feito quando acabar o período da chuva e quando houver uma suplementação de recursos orçamentários, ainda não liberados pelo governo federal. Não se sabe quanto isso acontecerá. Nesse ponto, Garçon é bem mais realista. Ele acha que antes de um ano não estará tudo pronto para a ligação da ponte que, pelo projeto original, já deveria estar aberta há muito tempo. Infelizmente, ainda vamos depender da balsa para passarmos de um lado para o outro. Lamentável!
MAIS UM POLICIAL ASSASSINADO
Enquanto só se fala em corona vírus, os bandidos continuam agindo com toda a violência, assaltando, usando vários tipos de armas, roubando, matando. Nessa semana que passou, o número de ações violentas cresceu em todo o Estado, mas principalmente na Capital. A última vítima dos assassinos impunes foi o cabo da Polícia Militar, Rogério de Castro. Ele foi baleado quando reagiu a um assalto contra um frigorífico, em plena manhã deste sábado. Os facínoras o mataram com um tiro no rosto. Fosse o inverso, tivesse um policial matado um bandido, certamente todos os defensores dos direitos humanos dos criminosos, estariam agindo e protestando. Mas como foi um policial – mais um – quem morreu, o que se ouviu de parte dessas pessoas foi o mesmo silêncio estrondoso de sempre. Parece inacreditável, mas, infelizmente, não o é!
ELEIÇÃO HOJE: BOLSONARO SERIA REELEITO
Surpreendente o fato dos inimigos (porque já passaram da categoria de simples adversários) do presidente Bolsonaro, terem divulgado pesquisa do DataFolha, com uma informação que fez com que o Chefe da Nação ficar, certamente, muito animado. No total dos entrevistados, 83 por cento disseram que se a eleição presidencial fosse hoje, voltariam novamente em Jair Bolsonaro. Ou seja, dos 57 milhões de votos que ele recebeu em 2018, 47 milhões e 310 mil eleitores voltariam a escolher ele mesmo para comandar a Nação. Embora a manchete da Folha e do UOL, do mesmo grupo, tenha sido o número negativo (“17 por cento estão arrependidos de votar em Bolsonaro”), o Palácio do Planalto considerou o resultado extremamente positivo. Porque com toda a pauleira que tem recebido da grande mídia nacional, com pressão da oposição, que jamais aceitou a derrota nas urnas e com tantos inimigos poderosos, a grande maioria dos eleitores ainda está ao lado do Presidente. Não se sabe como serão os números no final dessa pandemia, mas, ao menos até agora, Bolsonaro mantém o apoio de uma massa respeitável dos brasileiros.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, quanto tempo ainda a maioria das lojas e empresas de Rondônia e do Brasil vão suportar ficar com suas portas totalmente fechadas?
Caixa já registrou 32,2 milhões de cadastros para auxílio emergencial
Já foram feitas 272 milhões de visitas ao site do programa
Brasil registra 1.124 mortes por covid-19 e mais de 20,7 mil casos
A taxa de letalidade do vírus no Brasil hoje é de 5,4%, a mesma de sexta-feira
Aeroporto de Cacoal recebe obras de reforma e ampliação com modernização das instalações
Serão feitas a reforma e ampliação do terminal, ajustes do sistema viário de acesso ao estacionamento do TPS
Comentários
Sobre o sub-título "Professor aplaude Waltemberg", o que se tem de comentário a respeito do fundo eleitoral, a qual me filio, vem da Sub-Procuradoria Geral da República, que assevera: O Ministério Público Eleitoral enviou parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com manifestação contrária à possibilidade de partidos devolverem o fundo partidário aos cofres públicos. O dinheiro é repassado às legendas para financiar atividades partidárias. Segundo o vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, esses recursos têm natureza vinculada, ou seja, não podem ser remanejados para outro tipo de gasto. Além disso, ele diz que não existe previsão legal para restituir essa verba ao Tesouro Nacional. Brill de Góes afirmou que não há norma que obrigue o recebimento de recursos dessa natureza pelas legendas e que o TSE já deu decisão no sentido de que o dinheiro recusado retorna para o próprio fundo. Ou seja, não vai para o Tesouro Nacional e não pode ser usado em despesas não partidárias. Para o vice-PGE, a autorização para o procedimento, por lei específica, deve vir de um debate no Congresso Nacional. “Ao Poder Judiciário não é dado fazer o papel do legislador, sendo-lhe vedado criar uma fonte ou rubrica orçamentária não prevista em lei ou alterar uma existente”, afirmou. Com meu pedido de vênias aos que pensam em contrário!
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook