A POLÍTICA NO CASO DO IPTU TEM MUITOS EFEITOS COLATERAIS E OLHOS VOLTADOS PARA A AS DUAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

Portanto, além de tudo o que está acontecendo, este é mais um efeito colateral da crise política gerada pelo caso IPTU. Vem muito mais por aí!

Sérgio Pires
Publicada em 09 de março de 2023 às 20:20
A POLÍTICA NO CASO DO IPTU TEM MUITOS EFEITOS COLATERAIS E OLHOS VOLTADOS PARA A AS DUAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

Nada como a proximidade de uma eleição para começar a, mais que esquentar, colocar quase em ponto de fervura os confrontos políticos que já se desenham. O episódio do aumento exagerado do IPTU, mesmo corrigido dias depois, está custando caro ao grupo que comanda a cidade desde o prédio do Relógio. Pela primeira vez em mais de seis anos de governo, o prefeito Hildon Chaves sentiu que todo o apoio que tinha na Câmara de Vereadores pode ter diminuído. O erro tático representou também munição para adversários, como aconteceu com Léo Moraes, que reapareceu, nas redes sociais, atacando a administração municipal. Claro que o episódio ainda vai longe, até porque o projeto do exagero, feito pela Prefeitura, aprovado por unanimidade pelos vereadores, agora está envolvendo OAB, Fecomércio, entidades patronais e especialistas no setor. Mas como o Prefeito voltou atrás e mudou muito o valor da cobrança, diluído em parcelas nos próximos dez anos, teoricamente o caso estaria resolvido e, ficariam apenas, ainda com muitos debates, alguns resquícios da ação política sob críticas, até que o assunto acabasse. Mas a decisão da Câmara de não cumprir um acordo feito na terça-feira no Palácio do Governo, com a presença da imprensa, de que a correção do projeto original teria votação imediata, ampliou a crise e abriu o leque para que os confrontos políticos aparecessem com mais força. E eles vão se ampliar, certamente. Numa longa entrevista ao programa Papo de Redação, por telefone, na quarta-feira, o Prefeito criticou duramente a decisão da Câmara de não votar de imediato o novo projeto, jogando no colo dos vereadores os prejuízos que isso pode causar à população. Hildon disse que apenas três vereadores – e os citou nominalmente – conseguiram fazer com que o presidente Márcio Pacele mudasse a decisão de votar imediatamente o projeto. Ou seja, eram 19 contra três e os três venceram.

O assunto ainda vai muito longe! Ele extrapola o caso de uma decisão administrativa equivocada, para se tornar mote de confrontos políticos, que envolvem interesses não só da eleição municipal do ano que vem, mas também na sucessão estadual, daqui a quatro anos. Um exemplo disso: o governador Marcos Rocha certamente vai ser envolvido no assunto, mesmo que, é claro, oficialmente, ninguém diga uma só palavra sobre o tema. Rocha e Hildon estão mantendo uma parceria das mais fortes, mesmo com ambos, aqui e ali, terem que dar um passo atrás, para manter o forte laço político, que está com olhos voltados não só para o presente, mas também para o futuro. Agora, no meio de ambos, surge Léo Moraes, que ainda pode ir para a direção-geral do Detran. Léo é, hoje, certamente o mais forte adversário de Hildon. O aliado da Prefeitura aceitará que seu parceiro nomeie um opositor deste tamanho, num órgão importante e que daria grande visibilidade a Moraes? Portanto, além de tudo o que está acontecendo, este é mais um efeito colateral da crise política gerada pelo caso IPTU. Vem muito mais por aí!

SÓ POR CAUSA DO IPTU, SERIA INJUSTIÇA NÃO ENUMERAR OS MUITOS ACERTOS DO GOVERNO MUNICIPAL

Nesta situação toda, há necessidade de se relembrar algumas coisas, sob pena do cometimento de enorme injustiça contra o prefeito Hildon Chaves. É bom lembrar que ele fez um primeiro bom governo, muito acima do seu antecessor, Mauro Nazif, apenas para um exemplo de comparação. Chegou a anunciar que não seria candidato novamente, mas acabou aceitando a pressão de parceiros e eleitores. Conseguiu um segundo mandato com quase 110 mil votos, num total de 202 mil votos válidos. Deu continuidade, por exemplo, a um programa de asfaltamento e reasfaltamento da cidade que está chegando perto dos 500 quilômetros, mais que a soma do que fizeram todos os seus antecessores. Conseguiu grandes parcerias, como a fechada com o Governo do Estado, que representa investimentos de mais de 200 milhões de reais na Capital. Teve apoio da bancada federal (a agora ex-deputada Mariana Carvalho foi a campeã na liberação de emendas para obras na cidade) e com isso conseguiu realizar serviços profundos de infraestrutura, como os feitos no bairro da Lagoa, que sempre ficava embaixo d´água pelas chuvas do inverno amazônico e hoje está com o problema resolvido, depois de pelo menos quatro décadas. Tem mais: Hildon comprou uma das maiores frotas de ônibus do transporte escolar do país (174 unidades) resolvendo um problema que também já aniversariava há décadas. Melhorou o transporte coletivo, que tinha acabado durante o governo anterior. Vai construir uma nova rodoviária, de dois andares, ao custo de 20 milhões de reais. Está dando início à maior parceria público/privada da história de Rondônia, com obras de 100 por cento de saneamento básico, ao custo de 3 bilhões de reais, nem um só centavo dos cofres públicos. Na área política, todas as pesquisas, até dias atrás, no pré-IPTU, lhe davam uma imensa maioria de apoio. E, ainda, ajudou, participando ativamente da campanha, na reeleição de Marcos Rocha  e, da eleição da  sua esposa, a primeira dama Ieda Chaves, como a mulher mais votada para a Assembleia Legislativa. O IPTU foi um erro, já corrigido, mas só por ele não se pode esquecer todos os acertos.

DEPUTADO DENUNCIA: ESTADO E PREFEITURAS ESTÃO RECEBENDO 90 MILHÕES DE REAIS A MENOS DA UNIÃO, PARA NOSSA SAÚDE

O Estado e as Prefeituras de Rondônia estão perdendo, em recursos federais, nada menos do que 90 milhões de reais por ano. Há necessidade de uma mobilização dos rondonienses e das nossas autoridades para pedirem apoio dos deputados federais e senadores do nosso Estado, no sentido de reivindicar ao Ministério da Saúde, que cumpra com suas obrigações, repassando os valores que são devidos na área da saúde. A denúncia foi feita no plenário da  Assembleia legislativa, esta semana, pelo deputado Pedro Fernandes, depois de participar de reunião com representantes do governo do Estado e todos os secretários municipais de saúde, quando ouviu as informações sobre as perdas de recursos que o setor tem sofrido, por não recebermos o que a União deveria realmente repassar para os cofres do Estado e das Prefeituras. “O governo federal não cobre os gastos que deveria cobrir e, todo o ano, estamos deixando de receber nada menos do que 90 milhões de reais, o que é um enorme prejuízo para estra área vital para que nossa população possa ter uma saúde pública melhor”. Pedro Fernandes lembrou que os valores pagos pela tabela do SUS, por exemplo, também estão muito abaixo da realidade dos gastos na saúde. Para o deputado, há necessidade de um esforço conjunto para que as autoridades federais e principalmente o ministro da saúde, receba dos nossos representantes no Congresso Nacional, principalmente, mas também de todas as lideranças, a cobrança para que Rondônia, tanto em nível de governo como das Prefeituras, recebam os valores reais a que têm direito.

PM VOLTA ÀS RUAS E OPERAÇÃO MAXIMUS, PARA COMBATER A CRIMINALIDADE, JÁ TEM OS PRIMEIROS RESULTADOS

O rondoniense – e principalmente o porto- velhense – vão sentir a diferença, em breve. O policiamento ostensivo vai retornar com tudo. Unindo o serviço de inteligência com o esforço dos homens e mulheres da nossa polícia, o retorno da Operação Máximus certamente vai diminuir em muito a criminalidade que assusta a todos. O coronel Felipe Vital, secretário de segurança, oficializou a volta do sistema de policiamento presente em locais estratégicos, previamente detectados pela inteligência da PM como locais com maior índice de criminalidade, numa solenidade ocorrida esta semana, no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Porto Velho. Vital, mesmo enfrentando dificuldades, até pela falta de pessoal principalmente para atuar no policiamento ostensivo, tem usado de criatividade e lançado várias ações que já ajudaram a diminuir a violência, mas tem muito mais desafios pela frente. “O governador Marcos Rocha determinou tolerância zero com a criminalidade e é isso que vamos buscar”, afirmou Vital, sobre os programas que a segurança pública vem implantando. Na Operação Maximus, os policiais (que o secretário faz questão de chamar de heróis) realizarão bloqueios e pontos de saturação, para coibir a ação dos bandidos. Da mesma forma, as facções que dominam algumas áreas da Capital continuarão sofrendo combate constante. Os primeiros resultados já apareceram no primeiro dia da ação. Em poucas horas da “Maximus” a polícia fez 127 abordagens, vistoriou 48 veículos, aplicou oito infrações de trânsito, apreendeu duas pessoas com drogas e ainda fez quatro prisões. A ação recém está começando.  

MINISTRO DA PESCA CONFIRMA QUE VEM PARA A RONDÔNIA RURAL SHOW E PARA CONHECER NOSSA PRODUÇÃO DE TAMBAQUI

Num encontro em Brasília, o ministro da Pesca,  André de Paula e seu superintendente nacional, o rondoniense Expedito Netto, receberam o governador Marcos Rocha e o secretário de Agricultura do Estado, Luiz Paulo. A missão principal do encontro foi convidar pessoalmente o ministro para estar presente à edição deste ano da Rondônia Rural Show Internacional, que se realizará entre os dias 22 a 27 de maio próximo em Ji-Paraná. André de Paula não só aceitou o convite, garantindo que virá para a maior feira do agronegócio da região norte como ainda garantiu que pretende, lgo que possível, passar um dia inteiro em Rondônia, para conhecer o setor pesqueiro do nosso Estado, que hoje é destaque nacional. O ex-deputado federal Expedito Netto, que também recepcionou a dupla rondoniense, destacou também a importância da Rondônia Rural Show e elogiou a produção da pesca em nosso Estado. Aliás, desde o início da sua administração, Rocha tem dado grande atenção principalmente à produção de tambaqui. Em agosto de 2019, por exemplo, Rondônia promoveu o que foi chamado de o maior churrasco de Tambaqui do país, com milhares de pessoas provando aquele que é considerado o melhor peixe nativo do Estado. Rondônia continua à frente na produção nacional de peixes. Em 2021, por exemplo, chegamos a quase 70 mil toneladas produzidas.  

OPERAÇÃO DA PF QUE ENVOLVE DESVIOS DE 120 MILHÕES DE REAIS NO ACRE, CHEGA A RONDÔNIA E OUTROS ESTADOS

Mais de 120 milhões de reais desviados. Suspeita de envolvimento direto do governador do Acre, Gladson Cameli e de muitos dos seus mais importantes assessores. Decisão do STJ determinou mais uma operação da Polícia |Federal, que mobilizou, nesta quinta-feira, nada menos do que 300 policiais, que atuam não só em Rio Branco e cidades do interior do nosso vizinho, como também em Rondônia e em outros estados, como o Amazonas, Piauí, Goiás, Paraná e Distrito Federal. Aliás, foi em Brasília, onde estava acompanhado de vários secretários e assessores diretos, para contatos com autoridades federais, que o governador Cameli soube da gigantesca operação que estava ocorrendo em seu Estado e outras regiões do país. O STJ determinou também a indisponibilidade de bens dos denunciados, no valor aproximado dos 120 milhões suspeitos de terem sido desviados, através de bloqueio de bens, contas bancárias e apreensão imóveis e até aviões, que teriam sido adquiridos com a grana desviada. Foram cumpridos vários mandados de prisão e afastamento do cargo público dos denunciados. Não se sabe ainda se o governador terá que deixar o comando do Estado, enquanto durarem as investigações. O que se sabe é que, como é mais uma operação que envolve gente graúda, nenhum nome dos suspeitos presos foi divulgado. É a lei, infelizmente. A coisa parece ser muito grave e envolve pesos-pesados da política acreana e de outros Estados. A única chance dos envolvidos saírem imunes será provando, no futuro, que foram julgados e condenados em vara criminal errada. Daí, certamente, também terão chance de serem descondenados.

PRIMEIRA MULHER A COMANDAR A PF NO ESTADO TEM LONGA EXPERIÊNCIA NO COMBATE AO CRIME EM VÁRIOS ESTADOS BRASILEIROS

Por falar em Polícia Federal, a Superintendência de Rondônia está, pela primeira vez na sua história, sob o comando de uma mulher. Já assumiu seu posto a delegada Larissa Magalhães, que tem mais de duas décadas de experiência como policial e uma vida profissional recheada de realizações muito positivas.  Nascida em Teresina, no Piauí, a delegada tomou posse na PF em janeiro de 2004 e, desde lá, vem atuando no combate à criminalidade, nesse importante setor da segurança pública. A delegada destaca que a PF foi seu primeiro emprego efetivo na segurança pública, mas antes chegou a fazer a academia de Polícia Civil do Piauí. Aprovada nos dois concursos (o estadual e o nacional), optou pela Polícia Federal. A policial já ocupou o comando da instituição no Acre e também lá, garante que nunca enfrentou dificuldades apenas por ser mulher. Antes de assumir aqui, a delegada Larissa Magalhães trabalhou no Pará, Maranhão e Piauí, e mais recentemente, no Acre. A policial, experiente e com a vida dedicada a combater o crime, afirma que sabe dos desafios que terá que enfrentar, ainda mais porque Rondônia é um conhecido corredor de passagem de drogas,  que são destinadas a outras regiões e a outros países. Ela explicou, em entrevista ao site Rondoniagora, que os problemas são bem parecidos das demais regiões por onde passou. “Porém, a instituição PF é suficientemente forte para atuar como polícia judiciária da União, combatendo não somente o narcotráfico, mas outros crimes que constitucionalmente nos compete investigar”, disse. 

ALIADO DO GOVERNO LULA, CONFÚCIO MOURA VOLTA A SE DESTACAR NO SENADO E ANUNCIA 576 MILHÕES PARA NOSSAS RODOVIAS

O senador Confúcio Moura, que durante os quatro anos de Bolsonaro foi opositor e pouco brilhou, embora alguns discursos importantes, agora é outro! Aliado de primeira hora do governo Lula, depois de ter apoiado sua companheira de MDB, a hoje ministra Simone Tebet, Confúcio começa assumir um protagonismo importante junto ao governo petista, já que é o único dos onze membros da bancada federal de oito deputados federais e três senadores que não se declaram opositor a Lula. Entre outros destaques, Confúcio foi eleito – e por unanimidade dos votos – como presidente da importante Comissão de Infraestrutura do Senado, para este e para o ano que vem. Ele garantiu, ao assumir o posto, que os projetos de lei que tramitam na Comissão serão distribuídos de forma equitativa, “sem nenhum viés político”, garantiu. Já neste novo posto, o emedebista se reuniu com o ministro Renan Filho, o novo ministro dos Transportes, para começar a tratar da liberação do que anunciou de cerca de  576 milhões de reais para duplicação da BR 364 e obras nas rodovias federais do Estado. Segundo Confúcio, o ministro confirmou que o valor dos investimentos no setor, em Rondônia, neste ano, será entre duas três vezes do que o foi no ano passado.

PERGUNTINHA

Você acredita que os deputados e senadores que assinaram a moção para criação da CPI Mista para investigar os atos de vandalismo do 8 de janeiro vão aceitar a pressão do governo Lula e retirar suas assinaturas?

Comentários

  • 1
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    edgard alves feitosa 10/03/2023

    claro que vão aceitar a "pressão do governo lula": LIBERAÇÃO DE VERBAS ......LIBERAÇÃO DE VERBAS.... LIBERAÇÃO DE VERBAS......A MELHOR PRESSÃO....NENHUM POLITICO SEJA DE DIREITA OU DE ESQUERDA TEM COMO "SUPORTAR" TAMANHA PRESSÃO.... E VIVA O BALCÃO DE NEGOCIOS.....VIVA A BASE ALUGADA, SEJA EM QUALQUER GOVERNO....

  • 2
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    Analista político 09/03/2023

    O IPTU elevado dessa maneira nos deixa com receio, como se o governante não conhece a realidade de Porto Velho. Como cidadão digo que fica muito pesado para nós.

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