A população anda cansada dessa história de CPI?

Enquanto isso, pessoas continuam morrendo por falta de vacinas. Em vez de brigar pela manutenção de privilégios imorais, a turma do “quanto pior, melhor” deveria se preocupar mais com o povo

Valdemir Caldas
Publicada em 10 de maio de 2021 às 11:30
A população anda cansada dessa história de CPI?

Expressiva parcela da população não aguenta mais ouvir falar de CPI. É CPI disso, CPI daquilo. Quando um partido ou grupo político fica com raiva de quem está no poder, inventa uma CPI. Hoje, só se fala na CPI da pandemia. Pelo jeito, é mais uma que não vai dar em nada, como tantas outras CPI’s. Enquanto isso, pessoas continuam morrendo por falta de vacinas. Em vez de brigar pela manutenção de privilégios imorais, a turma do “quanto pior, melhor” deveria se preocupar mais com o povo.

Tenho as minhas reservas do que vai sair no relatório da CPI, criada pela Assembleia Legislativa de Rondônia, para investigar um de seus membros, suspeito de praticar irregularidades. Seria bem melhor que esse pessoal falasse menos e agisse mais, porém o que se tem visto é muito falação na mídia, onde cada um quer exibir mais autoridade e competência que o outro. Depois, quando a gente vai examinar o que um e o outro disseram não sai nada.

Esse relatório tem todos os ingredientes para se transformar em mais um fiasco, assim como aconteceu com a CPI da Energisa, que continua deitando e rolando em cima do consumidor, praticando um desrespeito atrás do outro, e não aparece ninguém para colocá-la em seu devido lugar. Tripudiando, inclusive, sobre leis sancionadas pelo governador Marcos Rocha, a partir de projetos aprovados pela Assembleia Legislativa.

A contumaz morosidade com que a Comissão vem conduzindo o caso do parlamentar, não consegue esconder certa desídia de seus membros. É como se o que estivesse em jogo fosse algo secundário, sem nenhuma importância, permitindo, assim, que fundadas e preocupantes dúvidas pairem no seio da população. Não custa repisar, contudo, que, no próximo ano, haverá eleições. Ao contrário do que muitos pensam, nem todo mundo tem memória curta. Ou essa gente cumpre as tarefas que lhe foram atribuídas nas urnas por mandamento constitucional, ou será difícil conter a apatia do eleitor, cada dia menos tolerante para com os que o enganaram e preparam-se para enganá-lo novamente.

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