A taxa de fervura aumenta e prefeito despacha mais de 200

Dos que ascenderão aos postos deixados pelos náufragos, não há muita coisa a dizer, a não ser que deixem os salva-vidas sempre ao alcance das mãos...

Valdemir Caldas
Publicada em 21 de março de 2017 às 09:38

A taxa de fervura do caldeirão do palácio Tancredo Neves atingiu, nos últimos dias de março, a temperatura máxima. Temendo uma explosão de grandes proporções, o comandante do barco, prefeito Hildon Chaves, resolveu lançar alguns membros da tripulação ao mar, antes que a embarcação naufragasse.

Entre choro e ranger de dentes foram mais de duzentos. Dos que ascenderão aos postos deixados pelos náufragos, não há muita coisa a dizer, a não ser que deixem os salva-vidas sempre ao alcance das mãos na hipótese de uma nova borrasca aparecer no horizonte e mexer com o humor do capitão.

Até onde se sabe, não houve despedidas, nem o comandante procurou suavizar o impacto de sua decisão, dizendo que os auxiliares prestaram uma grande contribuição à administração ou coisa do gênero, como normalmente acontece em ocasiões como essa.

A lista de degolados pode aumentar. Na alça de mira da caneta do prefeito estariam os secretários Zenildo Santos (SEMED), Márcia Luna (SEMUR), e Alexandre Porto (SEMUSA). Eles e mais um punhado de gente do segundo escalão podem, a qualquer momento, ser decapitados.

Na Câmara Municipal, as queixas contra a atuação da secretária Luna pipocam de todos os lados. Aliados do prefeito não estariam satisfeitos com a atuação dela à frente da SEMUR. Zenildo, por sua vez, tem angariado tímidos elogios, mas há quem diga que isso não seria suficiente para garantir que ele permaneça com cabeça grudada ao pescoço por muito tempo. As unidades de saúde do município vão de mal a pior. Na semana passada, até seringa estava faltando na UPA da zona leste.

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