Em publicações mais recentes, historiadores desmistificaram o 8 de março como data marcada pelo incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, em Nova York, quando foram mortas mais de 100 mulheres, em luta por condições humanas de trabalho. Fontes historiográficas confirmam que a tragédia ocorreu em 25 de março de 1911. O dia 8 se deu num domingo, quando seria improvável a deflagração de uma greve.

À princípio, a celebração acontecia em diferentes localidades, sem uma data específica. As russas, por exemplo, passaram a celebrar a partir de 1913, com manifestações realizadas no último domingo de fevereiro. É bom destacar que, diferente de outras datas comemorativas, o Dia da Mulher não foi criado pelo comércio, tem outro significado.

Oficializado em 1975, em uma assembleia da ONU, o Dia Internacional da Mulher é muito maior que sua contestável origem, é uma das datas mais importantes do calendário global, que não surgiu de um episódio, e sim de uma série de eventos, lutas e processuais conquistas em vários países, a partir do início do século XX. E nos dias atuais, novas páginas vêm sendo aditadas à história.

Cada pessoa é uma página em branco, segundo John Locke.  Isso é verdade! As novas páginas são vocês quem as escrevem, todos os dias. Mulheres que gastam suas energias, doam seu tempo e muitas vezes se colocam em segundo plano, tudo pelos filhos! E se eles estão bem, vocês simplesmente ficam bem.

Mulheres que fazem malabarismo com as contas, são gestoras do lar, conselheiras, mentoras, companheiras e incentivadoras. Mulheres que fazem a diferença no ambiente profissional, com toques de organização, sensibilidade e determinação. Muitas são vistas, outras são invisíveis. Mas não são movidas pelo reconhecimento, são movidas pelo amor ao que fazem. Por isso, tudo o que vocês fazem é extraordinário!

A verdade é que o Dia Internacional da Mulher é sobre você, que todos os dias escreve novos capítulos.

Lucas Tatuí é jornalista e idealizador do Projeto Invista na Família.