ABN e SBCe criam protocolo para atendimento para pacientes com cefaleia
É responsável por 9,3% das consultas não agendadas e o motivo mais constante que leva pacientes a procurar atendimento especializado com neurologistas. São 2% de todos os atendimentos nos serviços de emergência.
A cefaleia é a terceira queixa mais frequente nos atendimentos dos ambulatórios de clínica médica. É responsável por 9,3% das consultas não agendadas e o motivo mais constante que leva pacientes a procurar atendimento especializado com neurologistas. São 2% de todos os atendimentos nos serviços de emergência.
Devido a esses números, o Departamento Científico de Cefaleia da ABN (Academia Brasileira de Neurologia) e a (SBCe) Sociedade Brasileira de Cefaleia decidiram produzir um protocolo nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de atendimento de urgência de todo o País.
Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia apontam que 95% das pessoas sofrem com dor de cabeça pelo menos uma vez na vida. Desses, 70% são mulheres e 50%, homens. No Brasil, 13 milhões de pessoas apresentam algum tipo de cefaleia durante 15 dias ou mais por mês, ou seja, sofrem uma dor crônica que, muitas vezes, pode incapacitar o paciente para as tarefas rotineiras.
As cefaleias são classificadas em primárias e secundárias. As cefaleias primárias são doenças cujo sintoma principal, porém não único, são episódios recorrentes de dor de cabeça. As cefaleias secundárias, por outro lado, são sintomas de uma doença subjacente, neurológica ou sistêmica, como a meningite, a dengue ou o tumor cerebral. O diagnóstico diferencial entre cefaleia primária ou secundária é essencial.
O neurologista José Geraldo Speciali, membro da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), foi um dos idealizadores da criação do protocolo por sentir necessidade de uniformização do atendimento de emergência.
“Existe um protocolo internacional de atendimento voltado aos generalistas. No Brasil, há uma enorme dificuldade de abordar os médicos da emergência porque o País é muito grande”, explica Speciali. “Não é indicado o uso indiscriminado de analgésicos, pois esses medicamentos podem afetar o fígado, o rim e o estômago. É preciso ainda que os médicos saibam o que prescrever e quando pedir exames porque casos de cefaleia podem ser sérios. Com esse protocolo, esperamos que todos os emergencistas tenham uma orientação de como avaliar e tratar os pacientes que procuram atendimento por causa de crises dor de cabeça”.
Outros pareceres
O uso indiscriminado de cortisona e opióides, em vez de medicamentos adequados e eficazes, ainda é comum nos atendimentos das crises de enxaqueca na maioria dos pronto-atendimentos (PA).
“Essas drogas, além de não funcionarem bem para enxaqueca, oferecem o risco de provocar dependência, de viciar”, ressalta o neurologista Fernando Kowacs, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).
A neurologista Francisca Goreth M. M. Fantini, coordenadora da Comissão de Exercício Profissional da ABN, explica que “o intuito é uniformizar o atendimento dos pacientes e assim melhorar a assistência e atenuar o sofrimento deles” em qualquer lugar do País em que eles estejam sendo atendidos.
A comissão coordenada por Goreth participou da elaboração do protocolo e é formada por ela, Igor Bruscky, Leopoldo Pires, Elmano Henrique Carvalho e Daniel Fialho.
Para conhecer a íntegra do protocolo, clique aqui.
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