Ação Popular suspende contratação milionária pela Caerd; juíza vê indícios de superfaturamento

A juíza Duília Sgrott Reis, da Nona Vara Cível de Porto Velho decidiu suspender o chamamento público realizado pela Caerd para estudos de privatização.

Painel Político/Alan Alex
Publicada em 18 de maio de 2017 às 10:00

A juíza Duília Sgrott Reis, da Nona Vara Cível de Porto Velho decidiu suspender o chamamento público realizado pela Caerd para estudos de privatização. A empresa iria pagar R$ 14,8 milhões, o que segundo a decisão em Ação Popular, “mais de uma vez e meia do maior parâmetro nacional, mormente considerando a quantidade de municípios e habitantes de Rondônia”.

Na semana passada, PAINEL POLÍTICO revelou que a Caerd estava pagando R$ 14,8 milhões a uma empresa sediada em São Paulo para realizar os estudos de privatização, sendo que em outros estados foram obtidos descontos de até 70% em contratações similares. Algumas das companhias tem o triplo do tamanho da Caerd.

Confira como foi em outros estados

CASAL/AL – Preço inicial R$ 19.212.233,62 – preço final R$ 8.350.000,00, desconto de 56,54% – Ernest & Young

CAESA/AP – Preço inicial R$ 13.137.093,34 – Preço final – R$ 5.319.000,00 – desconto de 59,66% – Pricewatherhousecoopers

CAEMA/MA – Preço inicial R$ 23.406.964,45 – Preço final R$ 8.500.000,00 – desconto de 63,69% – BF Capital e Assessoria

COSAN/PA – Preço inicial R$ 17.261.893,96 – Preço final R$ 6.200.000,00, desconto de 64,8% – BF Capital e Assessoria

COMPESA/PE – Preço inicial R$ 26.342.913,64 – Preço final R$ 7.800.000,00 – desconto de 70,39% Banco Fator S/A

DESO/SE – Preço inicial R$ 15.155.569,57 – Preço final R$ 4.375.900,00, desconto de 71,13% – Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados

Na decisão, a magistrada além de identificar indícios de superfaturamento, também encontrou incoerência no edital apresentado pela empresa rondoniense.


Comentários

  • 1
    image
    h 18/05/2017

    É necessário um cidadão inconformado com tamanho descaso com o dinheiro público para ingressar com ação judicial, visando impedir essa contratação milionária, enquanto os integrantes do MPE, que têm a atribuição legal de investigar contratos vultosos e suspeitos, ficam de braços cruzados. Lamentável!

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