O Governo do Estado, através do secretário-chefe da Casa Civil, José Gonçalves da Silva Junior, solicitou por meio do ofício 10066/2020, de 23/04/2020, ao secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, José Hélio Cysneiros Pachá, a imediata desativação temporária da Delegacia de Polícia Civil (DPC) de Alto Paraíso.

O deputado Adelino Follador (DEM) se manifestou imediatamente, ao tomar conhecimento do ato, no sentido de que encontre soluções que não seja a desativação da unidade.

Segundo Adelino, ele entrou em contato com o governador Marcos Rocha (PSL), com o secretário-chefe da Casa Civil, o chefe da Polícia Civil, Dr. Samir Fouad, e o secretário de Estado da Segurança Pública, informando que a população não aceita o fechamento da DP.

O parlamentar argumentou que a delegacia era um sonho antigo dos munícipes de Alto Paraíso, e sua instalação foi comemorada por todos, sendo uma grande conquista, fruto de muita insistência, luta, reivindicações e participação direta da comunidade, liderada por empresários, que doaram móveis, equipamentos e patrocinaram a reforma do prédio, e em especial o Padre Leilson, que disponibilizou o local onde funciona a DP.

No documento, o secretário argumenta a falta de estrutura humana, baseando-se em informações da possibilidade de três servidores serem candidatos nas próximas eleições, cita ainda que a desativação seja até que haja novo concurso para preenchimento das vagas.

Adelino Follador contra argumentou as alegações, dizendo que o Estado teve tempo suficiente para estruturar a Delegacia em todas suas necessidades, alerta feita por ele em várias oportunidades, e o município de Alto Paraíso está completamente desassistido em vários setores.

“Não se pode tomar uma decisão tão importante dessa maneira, pois, assim como teve a participação da comunidade em sua instalação, é necessária essa participação em tal decisão, afinal afeta diretamente a todos, e os resultados até aqui são positivos”, disse Follador.

O parlamentar também pede que seja apresentado um estudo técnico científico que justifique a medida, pois, uma vez que desativada a DP, além do aumento da criminalidade, cria-se outros problemas, como o deslocamento dos Policiais Militares para registro de ocorrências em Ariquemes, e se há efetivo suficiente para que o município não fique desguarnecido.

“Hoje Alto Paraíso encontra sérios problemas de acesso, pois nem sempre a RO-459 e o Travessão B-40 estão em condições ideias de tráfego, se não tiver efetivo suficiente, enquanto uma guarnição está em deslocamento para Ariquemes, o que gera custos e tempo de serviço dos policiais, o município pode ficar desguarnecido, favorecendo a ação de criminosos”, concluiu Adelino.