Adolescentes se formam em curso profissionalizante dentro do projeto “Se a vida ensina, eu sou aprendiz”
A formatura ocorreu nesSa terça-feira no auditório do IFRO, com a participação do juiz da Infância e da Juventude, Marcelo Tramontini.
Um momento de conquista e superação para 17 adolescentes em vulnerabilidade social que, graças ao convênio da coordenação da Criança e do Adolescente do Poder Judiciário e IFRO - Instituto Federal de Rondônia, proporcionou formação em informática. A formatura ocorreu nesSa terça-feira no auditório do IFRO, com a participação do juiz da Infância e da Juventude, Marcelo Tramontini.
“Ano passado estivemos na abertura desse evento e, hoje, a primeira turma se forma e esperamos que realmente seja a primeira de muitas turmas. Esse nosso convênio tem tudo para seguir em frente. Nós, da equipe da coordenadoria, vamos fazer a nossa parte junto ao judiciário para tentar melhorar mais esse convênio, e poder realmente disponibilizar as condições necessárias para que os nossos adolescentes continuem a receber essa educação de excelência que é conduzida pelo IFRO”, disse o magistrado.
O convênio está dentro de um programa maior, o projeto “Se a vida ensina, eu sou aprendiz”, que consiste na capacitação, profissionalização e resgate de adolescentes em vulnerabilidade social, muitas vezes em cumprimento de medida socioeducativa.
Durante o curso, além das aulas de informática básica oferecidas, houve, também, várias palestras sobre cidadania, como forma de incentivo a esses adolescentes que, além de atuar no mercado de trabalho, estarão mais preparados para interagir com sociedade.
Davi Miliano, um dos adolescentes que se formaram no curso, está indo além. Se inscreveu para fazer um dos cursos técnicos oferecidos pela instituição e foi selecionado. “Senti interesse em fazer o curso e fui procurar por uma vaga. Fiquei feliz por entrar no curso técnico. A oportunidade que tive no curso básico foi ótima, pois estava sem oportunidades. Espero ter oportunidade de trabalhar na educação um dia”, afirmou Davi.
Além de Davi, outros alunos também podem seguir esta mesma etapa, por meio de processos seletivos.
O projeto, idealizado pelo 1º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho, teve início em 2014 e vem alcançando números surpreendentes. Cerca de 824 adolescentes se formaram em cursos profissionalizantes. Desses, 400 tiveram admissão garantida em empregos como aprendizes.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, “Aprendiz é o maior de quatorze anos e menor de vinte e quatro anos que celebra contrato de aprendizagem”. É o que também diz o Decreto 5.598, de 1º de dezembro de 2005, um dos vários itens da legislação aplicável utilizada para embasar o projeto “Se a vida ensina, eu sou aprendiz”, criado em 2014, pelo juiz Marcelo Tramontini, Coordenador Estadual da Infância e da Juventude de Rondônia, para jovens com idade entre 14 e 17 anos.
Muitos jovens se envolvem em infrações na hora errada, com a pessoa errada. Geralmente por influências ou situações mais presentes em sua vida do que o que se considera ideal em termos de educação escolar e familiar. É a vulnerabilidade social a que muitos estão sujeitos, seja pela ausência dos pais que precisam trabalhar ou pelo convívio diário com pessoas e ambientes inadequados para o incentivo de bons costumes. Daí surge o ato infracional e com ele, um adolescente correndo o risco de perder definitivamente a sua dignidade, fruto do desenvolvimento físico, moral e psicológico.
Para o diretor da administração do IFRO, Ivanilson Parente, os resultados não poderiam ser melhores “A missão do IFRO é formar cidadãos, para que eles deem um retorno para a sociedade. Esses alunos, independentemente de quem sejam, pois não tratamos ninguém com distinção ou outro tipo de preconceito. Nós somos a educação, tratamos eles para que se formem cidadãos e deem resultados positivos a sociedade como um todo. Cada um de nós, nos sentimos honrados em formar esses alunos, para que saiam daqui com uma visão totalmente diferente do mundo”.
O professor Saulo Macedo, que lidou diretamente com os alunos, fez uma apresentação sobre o curso e a trajetória de obstáculos e conquistas enfrentada pelos adolescentes. “Muitas vezes faltou dinheiro para comprar passagem. Por isso consideramos uma vitória, visto que numa turma de 25, 17 alcançaram a diplomação”, analisou. Lembrou, ainda, que desistências se devem ao ingresso dos adolescentes no mercado de trabalho, o que deve ser considerado um dado positivo.
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