Agentes da Delegacia do Meio Ambiente resgatam animais maltratados

Operação da Delegacia de Repressão ao Crime Contra o Meio Ambiente resgatou diversos cachorros e um curió de maus-tratos e situação de abandono em Porto Velho. Outras operações virão, anunciou a delegada Janaína Xander

Montezuma Cruz Fotos: Ésio Mendes e arquivo DERCCAM
Publicada em 02 de julho de 2020 às 13:34
Agentes da Delegacia do Meio Ambiente resgatam animais maltratados

Operação Salve patinhas 01 resgatou animais maltratados

Oitenta cachorros que viviam mal alimentados, com falta d’água, mutilados, atacados por carrapatos infectados, alguns até acorrentados em lares de Porto Velho, respiram melhor desde o início da semana. Agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Contra o Meio Ambiente, jurisdicionada à Polícia Judiciária Civil, os resgataram de uma vida dolorosa de sucessivos maus-tratos. Os donos foram autuados.

A realidade da Capital de Rondônia ainda choca. No entanto, o fator positivo é a prática da adoção que costuma ocorrer nessas ocasiões.

Desde o início da semana, a Operação Salve patinhas 01 resultou em 80 visitas de fiscalização, quase todas motivadas por denúncias ao telefone 197. Após o resgate, eles foram entregues aos cuidados de organizações não-governamentais.

A situação em Porto Velho já preocupava a polícia. Desde segunda-feira a operação, realizada pela primeira vez este ano, retirou do cativeiro cachorros em condições sofríveis, e um curió (Sporophila angolensis), ave da fauna silvestre, sem anilha.

Em operações anteriores, agentes dessa Delegacia, apoiados por fiscais do Ibama, apreenderam jabutis criados sem autorização, galos e galinhas malcuidados.

A situação de trabalho da equipe durante a quarentena foi prejudicada, e os casos de acumularam motivando a operação, explicou a delegada Janaína. “Inicialmente, a operação visa orientar as pessoas quanto à melhor maneira de criar animais.  A repressão se dá quando situações se repetem, por isso, outras operações serão feitas ainda neste semestre”, ela anunciou.

Maus-tratos constituem crime previsto no Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais): “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa”.

Durante as visitas, os agentes constataram as situações mais comuns: falta de água e alimentação; prisão em correntes muito curtas diuturnamente; e abandonados em locais sem qualquer asseio. Alguns deles estavam impossibilitados de locomoção adequada, sofrendo muito com o ataque de carrapatos que transmitem doenças.

A delegada Janaína lembrou às pessoas que, ao se responsabilizar por um animal, cuidem bem dele, física e emocionalmente. “Animais sentem medo e dor, mas se recebem amor, serão fiéis e carinhosos para sempre”.

Cuidados físicos e emocionais mudam a vida dos animais resgatados

Segundo a delegada, no caso de abandono de animais de ruas, ONGs e prefeituras podem ser acionados.

Ela manifestou gratidão ao apoio das ONGs e associações que receberam animais resgatados: Socorristas Animais, Patudinhos, Voluntário Animal, Adote um amor. “Antecipadamente, a todos os protetores e associações que procuram cuidar bem dos animais”, disse.

A delegada pede que toda denúncia encaminhada ao telefone 197 seja clara a respeito dos pontos de referência para a localização do imóvel. “Assim, a equipe chega com mais facilidade ao local”, explicou.

A Polícia Civil divulgou parte da operação no Instagram

 PARA ADOÇÃO

Alguns animais resgatados estão à disposição para adoção na Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais, na Avenida Amador dos Reis nº 3214, Bairro JK I. Telefones 69-3229-5395 e 69-3226-1188. E-mail: [email protected]

Winz

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