Agevisa incentiva população a dar continuidade no tratamento contra a Tuberculose em Rondônia

Rondônia apresenta indicadores epidemiológicos que preocupam as autoridades, pois, o índice de abandono de tratamento é alto

Aurimar Lima Fotos: Jeferson Mota Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 17 de novembro de 2020 às 14:20
Agevisa incentiva população a dar continuidade no tratamento contra a Tuberculose em Rondônia

Em 2020, nos dados preliminares já constam 475 casos notificados e desses, 362 casos novos

No Dia Nacional de Combate à Tuberculose, o Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) alerta a população sobre a importância da continuidade ao tratamento em casos da doença infectocontagiosa. Em Rondônia, no ano de 2019, 751 casos foram notificados e desses, 631 desenvolveram a forma pulmonar; ainda nesse somatório 601 casos são novos. Em 2020, nos dados preliminares já constam 475 casos notificados e desses, 362 casos novos.

O Brasil é um dos 22 países priorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que concentram 90% da carga mundial de Tuberculose. A distribuição dos casos está concentrada em 315 dos 5.564 municípios do País, correspondendo a 70% da totalidade dos casos.

O abandono do tratamento em casos de Tuberculose é a maior preocupação das autoridades responsáveis pela erradicação e controle da doença no Estado. No ano de 2017 dos 791 casos registrados, 155 abandonaram o tratamento. Seguindo os dados preocupantes, em 2018 dos 684 casos, 150 pacientes abandonaram e o ano passado (2019) dos 751 casos registrados, 174 interrompeu o tratamento antes de completar os seis meses, tempo mínimo conforme o protocolo.

O Ministério da Saúde preconiza uma taxa de cura de 85% e abandono de no máximo 5%, no entanto em Rondônia, no ano de 2018, a cura dos casos novos de tuberculose pulmonar positiva foi de 74,7% e o abandono foi 21,4%.

A diretora da Agevisa, Ana Flora Gerhardt destaca que a estratégia principal para êxito no tratamento é realizar o TDO (Tratamento Diretamente Observado) que pode ser feito pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) nas unidades básicas de saúde dos municípios.

“No Estado, a estratégia do TDO é aquém do desejado, refletindo o alto abandono e a baixa cura, isso representa a importância de todos os municípios implementarem a estratégia do tratamento nas unidades de saúde; um caminho para aumentar o índice de cura, reduzir o abandono e consequentemente a mortalidade no Estado”.

ENCONTRO

O diretor executivo da Agevisa, Edilson Silva, participa nesta terça-feira (17) da abertura do 1º Encontro de Tuberculose da Região Norte, que abordará as perspectivas e desafios para vencer a doença diante do cenário da pandemia de Covid-19.

O evento foi organizado pelo grupo de estudos em Tuberculose (GET) da Universidade Federal de Rondônia (Unir) considerando o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, como forma de sensibilização para as medidas de prevenção e controle do agravo. O material do evento pode ser conferido no canal do Grupo de Estudos em Tuberculose, pelo link: https://www.youtube.com/channel/UCZda9ZkT5Slt-aONH-g6lTw

ESTATISTICAS

Segundo estimativa da OMS, um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. No relatório lançado pela OMS (10/2017) consta que em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram com Tuberculose, dentre esses casos, cerca de 600 mil apresentaram alguma forma de resistência ao tratamento, mesmo assim 1,7 milhão de pessoas morreram por conta da doença no mundo.

É importante destacar que anualmente no Brasil ainda morrem 4,6 mil pessoas por Tuberculose, doença curável e evitável. Em sua maioria, os óbitos ocorrem em regiões metropolitanas e em unidades hospitalares.

A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de Koch. O relatório global de Tuberculose lançado pela OMS em outubro de 2017 aponta notificação de quase 90% de todos os casos no País e indica que a situação epidemiológica da denominada Tuberculose Droga Resistente (TB-DR) no Brasil é controlada.

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