Agevisa reforça ações para conter avanço da malária em Rondônia

Os principais fatores para o aumento é a falta de constância nos diagnósticos

João Antônio Alves Fotos: Daiane Mendonça Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 05 de outubro de 2021 às 14:52
Agevisa reforça ações para conter avanço da malária em Rondônia

Entre indígenas em Rondônia, o número de casos também é expressivo

O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), alerta gestores municipais quanto ao aumento dos casos de malária no Estado, para que adotem a prática de ações complementares, em obediência às normas técnicas do Ministério da Saúde, no intuito de conter o avanço da doença no Estado.

Dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), apontam que em Porto Velho, de janeiro a agosto de 2021, foram 4.525 casos de malária. Um acréscimo de 54%, se comparado com o mesmo período de 2020. Em Candeias do Jamari, foram 1.394 casos, tendo aumento de 16,7%. Guajará-Mirim vem em seguida com 779 casos, aumento de 9,3%.

Entre indígenas em Rondônia, o número de casos também é expressivo. Na região de Guajará-Mirim, a ocorrência  de malária nas aldeias aumentou mais de 65%, sendo 857 casos. “Sabemos do aumento de casos de malária em nosso Estado, constatamos que a maioria trata-se de casos notificados nas reservas indígenas de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, por isso já estamos tomando providencias quanto o papel da Agevisa para combater, controlar a endemia em conjunto com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Dsei), além disso estamos intensificando apoio aos municípios”, disse o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório.

O coordenador do Programa Estadual de Malária na Agevisa, Valdir França, explica que “os principais fatores para o aumento é a falta de constância nos diagnósticos realizados pelos municípios. Mas tivemos uma reunião na semana passada com a Dsei, e os secretários de saúde municipais de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, onde foi definido um trabalho em conjunto para realizar ações tratativas dentro das aldeias”, afirmou.

A Casa de Apoio a Saúde do Índio (Casai), informou que apesar desse aumento na região, nos últimos anos não foram registradas mortes pela doença. Apesar do risco, o tratamento tem sido feito nas próprias aldeias indígenas e nenhum paciente se encontra internado no município.

Uma equipe do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cepem), segue para o município, para fazer uma força-tarefa na região para controlar o avanço da doença.

O coordenador explica que, nos casos em que há reincidência da doença, é importante que ocorra um trabalho mais minucioso por meio de tratamento supervisionado, seguindo as diretrizes do Novo Guia de Tratamento da Malária no Brasil de 2020.

SOBRE A MALÁRIA

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, não contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente à outra pessoa; é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectado por plasmodium, um tipo de protozoário.

Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia são encontrados no período noturno, porém em menor quantidade. Qualquer pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.

Winz

Envie seu Comentário

 

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook