Agevisa treina profissionais especializados em HIV/AIDS e hepatites

Segundo a coordenadora estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS) e Hepatites Virais, Gilmarina Silva Araújo, a capacitação envolve os servidores que trabalham no Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS (SAE).

Texto: Vanessa Farias Foto: Jeferson Mota
Publicada em 08 de agosto de 2018 às 15:30
Agevisa treina profissionais especializados em HIV/AIDS e hepatites

Nesta quarta e quinta-feira (8 e 9), profissionais da saúde estão reunidos no auditório do Rondon Palace Hotel, em Porto Velho, para treinamento sobre Manejo Clínico da Infecção pelo HIV adulto, e Manejo Clínico e Vigilância das Hepatites Virais, oferecido pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa).

Segundo a coordenadora estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS) e Hepatites Virais, Gilmarina Silva Araújo, a capacitação envolve os servidores que trabalham no Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS (SAE).

“Com a implantação do serviço de Profilaxia Pré-Exposição – PrEP, nós estamos oferecendo esse treinamento para ser colocado na prática nas unidades do estado. Já a Profilaxia Pós-Exposição – a PEP, ainda não foi implantada em alguns hospitais e com essa capacitação nós queremos inserir esse serviço também. A PEP é tão importante quanto a PrEP, já que ela trata de profissionais de saúde que sofreram algum acidente ocupacional durante o atendimento ou quando o servidor recebe algum usuário vítima de violência sexual. O serviço da PEP vai fazer o acolhimento dessas pessoas e o atendimento específico”.

As equipes multidisciplinares das 10 unidades de referência do SAE contam com enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, médicos, sendo todos os profissionais divididos em cinco unidades regionalizadas, duas de fronteira, duas municipais e uma estadual. “O serviço já atende em todas as localidades de instalação acolhendo os usuários encaminhados pelos postos de saúde, e lá recebem toda a assistência e medicação necessária. A Organização Mundial de Saúde junto com o Ministério da Saúde tem a meta 90/90, que almeja 90% das pessoas cientes como portadoras de HIV, desses 90, em uso de terapia antirretroviral, e 90 com a carga viral indetectável, quando o risco de transmissão se torna menor”, explica a coordenadora.

Em Rondônia, a profissional afirma que houve uma redução 34,6% dos casos de HIV, comparando o primeiro semestre de 2017 ao mesmo período deste ano. “A nossa preocupação é com o público jovem, então estamos levando o Programa Saúde na Escola às instituições de ensino, com orientações educativas de prevenção. A prevenção combinada prevista na Mandala, é sempre aliada ao uso de preservativo, que protege de todas as ISTs. A PrEP já é um serviço que é destinado a uma população chave, que é casal soro discordante (quando um dos dois é portador do HIV), para profissionais do sexo masculinos ou femininos e para os gays, com a intenção de reduzir os índices nesse grupo.

A Mandala compõe “fatias” de prevenção combinada do HIV. As orientações propõem a busca pelos serviços da PrEP e da PEP, a realização do pré-natal durante da gestação, uso de preservativo, a redução de danos com o não compartilhamento de seringas e cachimbos por parte de usuários de drogas, o trabalho dos conteúdos subjetivos como o preconceito, a implementação de serviços e treinamentos de profissionais, a circuncisão masculina através de cirurgia evitando doenças infecciosas no órgão, o tratamento de outras ISTs com a busca pelas unidades de saúde preventiva através de testes rápidos, a diminuição do preconceito e estigmas através da palestras, o tratamento com o antirretroviral, e por fim, a testagem regular para o HIV.

“Quando o usuário descobre que tem HIV, que faz todo o projeto terapêutico, e inicia a medicação, a carga viral dele fica indetectável, e o risco de transmissão é mínimo, mas o preservativo deve continuar sendo usado nas relações como forma de proteção, já que o organismo já está comprometido com o vírus HIV e ainda existem as demais ISTs. Quanto a testagem, ela deve ser feita de acordo com a exposição sexual. Se teve relação sexual sem preservativo, após 30 dias é preciso fazer o teste. Nós não sabemos o estado sorológico de ninguém. Hoje, o portador de HIV é aparentemente saudável e não tem perfil aparente de pessoa doente. Os paciente vivem de maneira saudável por conta da qualidade de vida que a medicação proporciona, então é importante fazer a prevenção e, caso contrário, fazer o teste”, conclui Gilmarina.
 

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