Amazônia em chamas e os impasses da destruição

Nesse fenômeno das queimadas, ficou evidenciado, mais uma das suas facetas, a irresponsabilidade no trato com um fenômeno tão desafiador, para uma das regiões mais estratégicas do planeta, e a leviandade, com que conduz e trata essa questão

Edilson Lôbo
Publicada em 26 de agosto de 2019 às 12:17
Amazônia em chamas e os impasses da destruição

Uma das regiões mais importantes do mundo, pela sua condição estratégica pegando fogo, e tudo que o governo Federal consegue fazer, é encontrar culpados, para as chamas que consomem e destroem, a região amazônica brasileira.

Bolsonaro, é um “brucutu” no que tange a forma como trata as relações da diplomacia política, na base da truculência. Para além disso, é um incompetente, um inepto, na condução e nas articulações do seu governo, em se tratando da gestão e às soluções, para os problemas que se interpõe no dia a dia da vida nacional.

Nesse fenômeno das queimadas, ficou evidenciado, mais uma das suas facetas, a irresponsabilidade no trato com um fenômeno tão desafiador, para uma das regiões mais estratégicas do planeta, e a leviandade, com que conduz e trata essa questão.

Na impossibilidade de apresentar soluções efetivas, ou pelo menos mitigadoras para esse momento crucial, lança mão de um expediente nada edificante. Acusa sem provas, levianamente, ONGs e governadores da região Norte, de estarem contribuindo para o alastramento de focos de incêndio na região. Mas isso lá é postura de um Presidente, num momento crucial como esse, em que todos os holofotes e atenções de todo o mundo, se voltam para esse pedaço de Brasil, conflagrado pelas chamas, aguçando ainda mais os conflitos e aprofundado tensões de ânimos?

Sensato foi o governador do Amapá, que teve a serenidade de acolher as críticas irresponsáveis do Presidente, e propor uma convergência de esforços, no sentido de que todos, possam cerrar fileiras, e unidos deem a sua parcela de contribuição, na solução de tão grave problema.

Na contramão, Bolsonaro insiste nas suas calúnias. A rigor, o presidente tenta reverter um quadro que lhe é amplamente desfavorável, tendo em vista as suas atitudes no transcorrer da sua administração. Passou a tratar como inimigos, quem quer que critique as ações do seu governo. Sejam adversários políticos, Instituições, ou até a comunidade científica brasileira. Mais grave, para o processo de combate e preservação do meio amazônico, foi a desarticulação dos órgãos de fiscalização, com o discurso ideológico de que são entraves para o desenvolvimento econômico Insiste em desconsiderar, em que pese todas as evidências, que a destruição da floresta amazônica, aumenta a largos passos. Imagina com o incentivo às atividades dos seus predadores e sem a fiscalização necessária?

Não vamos ser levianos, de achar que antes, esse problema não existia, mas o que se diferencia do governo Bolsonaro para os demais, é a consciência de que ele é real, ainda que, os governos anteriores, não tenham avançado no seu combate, com a efetividade e na intensidade que ele exigia. Bolsonaro faz pior, não só o ignora, mas desarticula os órgãos e unidades que fiscalizam, controlam e combatem os destruidores dessa imensa biodiversidade.

A Amazônia, é mais que um dado econômico e estatístico, maior que as disputas políticas, e não pode ficar refém, da irresponsabilidade de um Presidente incompetente, de interesses que não sejam o do bem estar da população que aqui habita, ou de qualquer ação deletéria que só vise o enriquecimento de determinados grupos, alienígenas aos interesses das questões locais e nacionais. 

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