Antropóloga afirma que criminalização do aborto estigmatiza a mulher
Pessoas negras, com deficiências e em relações homossexuais são estigmatizadas, exemplificou Lia.
Ao se manifestar contra a proibição do aborto na audiência pública que discute a descriminalização da interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana da gravidez, tema da ADPF 442, ajuizada no Supremo Tribunal Federal para questionar os artigos 124 e 126, do Código Penal, a presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Lia Zanotta, afirmou que a criminalização do aborto estigmatiza a mulher.
Professora da UnB, Lia disse que a avaliação negativa da sociedade no tocante ao abortamento leva à marginalização das mulheres. Pessoas negras, com deficiências e em relações homossexuais são estigmatizadas, exemplificou Lia. O mesmo acontece com as mulheres, que são estigmatizadas por vários motivos, e um deles é por conta do aborto, mesmo que realizado nos casos permitidos em lei (estupro, risco de morte e anencefalia).
O aborto, segundo a representante da ABA, pode ser considerado uma necessidade básica da mulher. Mulheres fazem aborto no Brasil, mulheres de todas as classes. Mas os impactos da criminalização atingem principalmente mulheres pobres, negras e indígenas, que por sua situação de vulnerabilidade acabam usando métodos que trazem alto risco de mortalidade, concluiu a antropóloga.
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