Aos 38 anos, reserva do Jaru guarda flora e fauna raras

A Reserva Biológica do Jaru tem sede no município de Ji-Paraná e influencia diretamente comunidades do entorno como Santa Rosa-Vale do Paraiso, Machadinho D’Oeste e Vale do Anari.

ICMbio
Publicada em 11 de julho de 2017 às 07:32
Aos 38 anos, reserva do Jaru guarda flora e fauna raras

A Reserva Biológica (Rebio) do Jaru, em Rondônia, completa 38 anos de criação nesta terça-feira (11), mas os festejos ocorreram  nesse último  fim de semana. No sábado (8), hove reunião do conselho gestor e caminhada na Trilha da Cachoeirinha. No domingo (9), foi  realizada excursão ao interior da reserva com a participação de convidados. Junto com o aniversário da unidade, estão sendo  comemorados os 10 anos de criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a Rebio.

A Reserva Biológica do Jaru tem sede no município de Ji-Paraná e influencia diretamente comunidades do entorno como Santa Rosa-Vale do Paraiso, Machadinho D’Oeste e Vale do Anari. É a única unidade de conservação federal de proteção integral localizada na divisa de Rondônia com Mato Grosso, no interflúvio Madeira-Tapajós, uma das regiões brasileiras menos conhecidas cientificamente e de maior interesse para conservação do ponto de vista biológico. O local é apontado como uma das principais zonas de endemismos na Amazônia Meridional.

Com 353 mil hectares, a reserva mantém extensa área de Floresta Ombrófila Aberta (de transição entre a Floresta Amazônica e outras áreas extra-amazônicas) praticamente intocada, sendo praticamente o único maciço florestal com considerável nível de preservação na região leste de Rondônia. Desse modo, é um dos mais importantes refúgios para a fauna silvestre do estado e de toda a região.

Praticamente isolada de outras áreas protegidas, conectada apenas à Terra Indígena Igarapé Lourdes em sua divisa sul, a reserva tem seu entorno considerado como prioritário para conservação da biodiversidade amazônica.

Sua diversidade geológica resultou em uma variedade de paisagens e ambientes diferenciados, como vegetações rupestres, buritizais, tabocais e barreiros, que garantem grande riqueza florística e faunística, de elevada importância biológica.

A ocorrência de espécies endêmicas (exclusivas do local), raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção faz da reserva biológica uma área de extrema importância para a realização de pesquisas mais detalhadas sobre o bioma amazônico.

A unidade abriga espécies arbóreas, como castanheira, mogno, cerejeira e cedro, e da fauna, como a mãe-de-taoca-papuda, espécie endêmica do interflúvio Madeira-Tapajós, choca-de-garganta-preta e cachorro-do-mato- de-orelha-curta, raras em nível nacional, além do bicudo-encarnado, urutau-de-asa-branca, sapo-de-chifres , surucucu-do-pantanal e zogue-zogue, raras em nível estadual.

A reserva é moradia, ainda, de espécies de topo de cadeia trófica (alimentar), como o gavião-real, uiraçu-falso, onça pintada, suçuarana, ariranha, entre outras muito sensíveis à perda e fragmentação do habitat.

Diante da importância para a preservação da fauna e flora da Amazônia e do grande potencial científico, já há um movimento no sentido de ampliar os limites da unidade com o objetivo de proteger a totalidade das serras do Moquém e Providência.

Winz

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Comentários

  • 1
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    joão bosco 11/07/2017

    Rondônia possuia diversas reservas mais na gestão do governo cassol foram destruida para ocupação irregular será que essa terá o mesmo fim. proteger para depois saquear . veja o que a usina do madeira fizeram com diversas reserva e não foi responsabilizada por nenhuma.

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