Aprovado PAN para a conservação dos tatus-bola
As principais ameaças são a caça e a destruição do seu hábitat.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, assinou a Portaria, publicada ontem (17) no Diário Oficial, que atualiza e aprova o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação do Tatu-bola - PAN Tatu-bola. O PAN é voltado para a conservação das duas espécies de tatus-bola, Tolypeutes tricinctus, tatu-bola-do-Nordeste, que vive predominantemente na Caatinga e em algumas áreas de Cerrado, e Tolypeutes matacustatu-bola-do-Centro-Oeste, que ocorre no Pantanal e em algumas áreas de Cerrado. A Caatinga e o Cerrado estão entre os biomas mais ameaçados do mundo, em função do desmatamento e do acelerado processo de degradação do habitat, que levam a uma acentuada perda de biodiversidade.
Tolypeutes tricinctus integra a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção na categoria “Em perigo”, devido, principalmente, à caça e à destruição de seu habitat. Como o tatu-bola não escava buracos, suas únicas estratégias de defesa são a fuga e o ato de enrolar-se no formato de uma bola, sendo facilmente apanhado por uma pessoa. Já Tolypeutes matacus foi incluído na categoria “Dados Insuficientes”, tendo em vista que no Brasil não há informações suficientes para avaliar adequadamente o seu estado de conservação, apesar da constante pressão em seu habitat.
O PAN foi elaborado em 2014 e tem como objetivo reduzir o risco de extinção de Tolypeutes tricinctus para a categoria "Vulnerável" e avaliar adequadamente o estado de conservação de Tolypeutes matacus. Para tanto, foram estabelecidos seis objetivos específicos e 38 ações. A coordenação do PAN é feita pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) e a coordenação executiva pela Associação Caatinga.
“O PAN Tatu-bola está em seu quarto ano de implementação e neste período podemos destacar a sinergia e o comprometimento dos colaboradores do Plano o que, consequentemente, refletem o sucesso da implementação das ações propostas”, afirma Renata Azevedo, coordenadora do PAN Tatu-bola.
Os 6 objetivos específicos do PAN tatu-bola:
*atualizar as áreas de ocorrência das espécies (Tolypeutes tricinctus e Tolypeutes matacus) e identificar as principais ameaças ao longo de suas distribuições geográficas;
*divulgar junto às comunidades locais, em áreas de ocorrência de Tolypeutes tricinctus, bem como a sociedade em geral, sobre a importância da proteção da espécie na Caatinga e no Cerrado;
*ampliar o conhecimento sobre a biologia e ecologia (dinâmica populacional, variabilidade genética e vulnerabilidade às alterações antrópicas) para o direcionamento de estratégias de conservação dos tatus-bola (Tolypeutes tricinctus e Tolypeutes matacus);
*ampliar, qualificar e integrar a fiscalização para coibir a caça do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus);
* reduzir a taxa de perda de hábitat de Tolypeutes tricinctus nos próximos 5 anos;
*promover a conectividade entre as populações de Tolypeutes tricinctus nos próximos 5 anos.
Banda do Vai Quem Quer abre a sede nesta sexta
Apenas três mil camisas do bloco estarão a venda este ano.
Consumo de energia fecha 2018 com aumento de 1,1%
A Região Norte fechou o ano com queda acumulada de energia demandada à rede da ordem de 5,8%.
“Não é possível não sentir essa dor”, diz Raquel Dodge
Procuradora recomenda soluções extrajudiciais para Brumadinho.
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook