Em parceria com o Ministério Público de Rondônia, a Associação Cultural e de Desenvolvimento de Apenados e Egressos (Acuda) implantará na Unidade de Internação Sentenciado Masculino II, em Porto Velho, o método de reintegração social que a entidade vem aplicando com sucesso, junto a pessoas privadas de liberdade na Capital. O modelo, baseado na oferta de educação, profissionalização e estímulo à espiritualidade, consistirá na implantação de oficinas de aprendizagem, cursos de terapias alternativas e uma série de outras atividades, a serem destinadas aos jovens em conflito com a lei.

Os detalhes do projeto foram definidos em reunião realizada na última terça-feira (29/08), no edifício-sede do MP/RO, com a presença do Promotor de Justiça da Infância, Éverson Antonio Pini; do Presidente da Acuda, Luiz Carlos Marques; dos representantes da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Sirlene Bastos e Valdemir Carlos de Góes; do Diretor-geral da Unidade II, Rodrigo Marcelo da Paz; e  da analista em Psicologia do MP/RO, Erika Oliveira Chaquian.

Durante o encontro, os participantes estabeleceram o cronograma das ações a serem executadas para o início do trabalho, que prevê a implantação de oficinas de  tapeçaria e cerâmica, e, ainda, cursos de massoterapia e auriculoterapia.

Inicialmente, o programa ofertará 10 vagas aos internos. Um dos critérios de seleção  será o tempo de permanência remanescente do jovem na unidade, devendo o atendido ter, no mínimo, seis meses de internação a serem cumpridos na casa.

Além do MP e Acuda, o programa contará com o apoio da Sejus e do Poder Judiciário de Rondônia, por meio da Vara da Infância.

Acuda

Associação Cultural e de Desenvolvimento de Apenados e Egressos opera em Porto Velho há mais de 16 anos, com o objetivo de auxiliar o Governo de Rondônia a diminuir o alto índice de reincidência criminal registrado junto à população egressa do sistema prisional. A ideia é preparar esse público para uma vida plena após cumprimento da pena.

O público-alvo da entidade é constituído da população carcerária do regime fechado, semiaberto e egresso do sistema prisional de Porto Velho. Ao longo de sua história, a Acuda já atendeu 2.500 pessoas.