Associação Nacional Pró-vida e Pró-família afirma haver interesses por trás de "movimento pelo aborto"
Segundo ele, desde 1952, a Fundação Ford, associada a outros grupos e a demógrafos neomalthusianistas, propuseram o aborto “como meio de controle, e o objeto de controle são os pobres, ao invés de se combater as causas da pobreza”.
O movimento pró-aborto faz parte de uma campanha de controle demográfico incentivado por instituições não-governamentais internacionais, sustentou Hermes Rodrigues Nery, da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, na audiência pública sobre a interrupção voluntária da gravidez. Segundo ele, desde 1952, a Fundação Ford, associada a outros grupos e a demógrafos neomalthusianistas, propuseram o aborto “como meio de controle, e o objeto de controle são os pobres, ao invés de se combater as causas da pobreza”.
De acordo com sua apresentação, essa agenda de natureza “eugênica” recorreu a soluções como investimentos em contraceptivos e esterilizações. “Foi necessário promover uma revolução cultural e uma agenda ideológica para subverter o sentido dos direitos humanos para admitir a prática do aborto como direito humano, o que é uma aberração”, sustenta. Outro ponto abordado foi econômico. Segundo ele, os resultados dessa política “são terríveis e desumanos, pois só preservando o capital humano é que se garante o desenvolvimento das nações”. Acrescenta ainda que a atual crise da Europa deve-se à inversão da pirâmide populacional, o que tem preocupado diversos demógrafos.
O expositor também questionou a intervenção do Judiciário na matéria: “No Congresso Nacional todas as proposições pró-aborto foram rechaçadas, não houve omissão nem controvérsia constitucional”, disse. Além disso, pesquisas mostram sempre números expressivos da população contra o aborto. Não passando pelo Legislativo, afirmou Nery, os promotores do aborto decidiram judicializar a questão.
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