Bancários de Rondônia cobram proposta de cláusulas econômicas da Fenaban

O Dia Nacional de Luta - que aconteceu simultaneamente em todo país - é uma forma de os bancários pressionarem os bancos a apresentar uma proposta geral, pois a negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban já se arrasta há mais de dois meses

SEEB-RO, com informações da Contraf-CUT
Publicada em 19 de agosto de 2022 às 12:22
Bancários de Rondônia cobram proposta de cláusulas econômicas da Fenaban

Os bancários de Rondônia, tanto na capital quanto no interior, foram para a frente das agências, na manhã desta sexta-feira (19/8), cobrar da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a apresentação imediata de uma proposta sobre as cláusulas econômicas para a Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023 da categoria, que precisa ser fechada até o dia 31 de agosto.

O Dia Nacional de Luta - que aconteceu simultaneamente em todo país - é uma forma de os bancários pressionarem os bancos a apresentar uma proposta geral, pois a negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban já se arrasta há mais de dois meses, e até o momento os bancos “enrolam” para apresentar alguma proposta real e justa para a PLR, para o vale alimentação (VA), vale refeição (VR) e, principalmente, para o índice de reajuste salarial (inflação do período + ganho real de 5%) da minuta de reivindicação da categoria.

Ivone Colombo, presidenta do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), explica que o Comando Nacional dos Bancários obteve avanços para as propostas de teletrabalho e de combate ao assédio sexual na negociação com a Fenaban, e ainda cobra melhorias na proposta contra as metas abusivas e o assédio moral.

“É importante que nós, bancários, tenhamos avanços no combate ao assédio sexual no local de trabalho, para acabar com esse tipo de crime que atinge a muitas bancárias, principalmente. E também é importante que as negociações sobre o trabalho realizado pelos bancários em suas casas (teletrabalho) tenham apresentado avanços, até porque o home office, após o início da pandemia, se tornou uma realidade, principalmente para os bancários, mas precisa ser regulamentado para assegurar todos os direitos e o suporte necessário ao trabalhador que optar por este regime de trabalho. Sim, temos obtido avanço em questões importantes, mais ainda precisamos de uma resposta rápida e definitiva sobre as cláusulas econômicas, pois já estamos na 11ª reunião da campanha e os bancos ainda se desviam do assunto, de apresentar uma proposta para o índice de aumento para os salários, vales alimentação e refeição (VA e VR) e também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR)”, detalhou.

AVANÇOS

Os bancos vão analisar as propostas do Comando sobre o combate ao assédio sexual e também sobre o teletrabalho e apresentará uma nova redação sobre os temas, mas disse que ainda não conseguiu avançar no debate sobre a ajuda de custo.

Outro avanço foi sobre o combate ao assédio moral. Para os bancos, o assédio é uma questão de comportamento de alguns gestores e vão ampliar a orientação para coibir tal conduta. Também aceitam criar uma comissão para debater sobre o estabelecimento de metas.

O QUE MAIS PRECISA AVANÇAR

Além dos avanços já mencionados, os bancos precisam definir melhor as propostas para permitir que as entidades sindicais possam se reunir e ter acesso aos trabalhadores que exerçam suas funções em teletrabalho.

Outro ponto que precisa ficar claro na proposta é com relação ao desconto de vale-transporte, que deve ser calculado apenas sobre os dias trabalhados presencialmente e não sobre todo o salário.

Outro ponto que os bancos ficaram de analisar é com relação ao prazo de mudança da modalidade de teletrabalho para o presencial, que deve ser expandido para quem cumpre sua jornada em localidades fora da sede de sua lotação, como em outros estados e até países.

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