Bancários de Rondônia protestam contra a terceirização nos bancos

A escolha pelo Santander, na capital, é o fato de que o banco espanhol está entre as instituições financeiras que mais pratica a terceirização

Fonte: Assessoria/SEEB/RO - Publicada em 22 de agosto de 2024 às 14:26

Bancários de Rondônia protestam contra a terceirização nos bancos

Os bancários de Rondônia foram para a frente das agências, na manhã desta quinta-feira (22/8), protestar contra a crescente onda de terceirização adotada pelos bancos. O ato, que faz parte do Dia Nacional de Luta Contra A Terceirização e aconteceu simultaneamente em todo país, se concentrou na agência do Banco do Brasil de Ji-Paraná, e na agência do Santander da avenida Sete de Setembro, Centro de Porto Velho.

A escolha pelo Santander, na capital, é o fato de que o banco espanhol está entre as instituições financeiras que mais pratica a terceirização, um tipo de contratação fraudulenta para repor as inúmeras demissões promovidas pelos bancos, inclusive o Santander.

“É um problema crítico e crônico, conhecido por todos os funcionários. O Santander demite e, no lugar do trabalhador desligado, contrata mão-de-obra em que o trabalhador deixa de ser bancário e passa a atuar numa empresa coligada do banco, sem direitos, sem benefícios, sem os direitos da categoria bancária e com salários reduzidos”, detalhou Clemilson Farias, secretário de Finanças do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que esteve acompanhado dos dirigentes Ricardo Vítor (Secretário Geral), José Toscano (Administração), Wanderson Modesto (Jurídico), Gesica Capato (Esportes) e Antônio Tavares (Cooperativas de Crédito), além dos diretores de base Jarbas Soares de Souza e Valdir Correia, ambos funcionários do Santander.

“Escorado na reforma trabalhista, que legalizou a terceirização irrestrita, desde 2021 o Santander vem transferindo trabalhadores para outras empresas pertencentes ao mesmo conglomerado, cada uma vinculada a um sindicato diferente. O que combatemos é este processo que claramente objetiva rebaixar salários, retirar direitos e enfraquecer a organização dos trabalhadores. Quem trabalha em banco é bancário e, por isto, deve ser abrangido pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária - válida em todo território nacional - e devidamente representado pelos Sindicatos dos Bancários”, acrescentou Clemilson, que é funcionário do Santander.

A manifestação ocorre horas depois da nona rodada de negociação (21/8) em que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou proposta de reajuste salarial abaixo da inflação (85% do INPC). O ajuste proposto pela Fenaban - rejeitado prontamente na mesa, pelo Comando Nacional dos Bancários - resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.

“Estamos lutando pelo fim das demissões, por mais contratação, por empregos decentes e devidamente amparados pela CCT, por melhores condições de trabalho e por valorização, mas apesar de novamente obter lucros estratosféricos, os bancos deixam bem claro, com essa proposta rebaixada e desrespeitosa, que não se interessam por empregos de verdade e com direitos, nem com o ser humano, mas sim com o lucro a todo custo”, concluiu o dirigente.

Bancários de Rondônia protestam contra a terceirização nos bancos

A escolha pelo Santander, na capital, é o fato de que o banco espanhol está entre as instituições financeiras que mais pratica a terceirização

Assessoria/SEEB/RO
Publicada em 22 de agosto de 2024 às 14:26
Bancários de Rondônia protestam contra a terceirização nos bancos

Os bancários de Rondônia foram para a frente das agências, na manhã desta quinta-feira (22/8), protestar contra a crescente onda de terceirização adotada pelos bancos. O ato, que faz parte do Dia Nacional de Luta Contra A Terceirização e aconteceu simultaneamente em todo país, se concentrou na agência do Banco do Brasil de Ji-Paraná, e na agência do Santander da avenida Sete de Setembro, Centro de Porto Velho.

A escolha pelo Santander, na capital, é o fato de que o banco espanhol está entre as instituições financeiras que mais pratica a terceirização, um tipo de contratação fraudulenta para repor as inúmeras demissões promovidas pelos bancos, inclusive o Santander.

“É um problema crítico e crônico, conhecido por todos os funcionários. O Santander demite e, no lugar do trabalhador desligado, contrata mão-de-obra em que o trabalhador deixa de ser bancário e passa a atuar numa empresa coligada do banco, sem direitos, sem benefícios, sem os direitos da categoria bancária e com salários reduzidos”, detalhou Clemilson Farias, secretário de Finanças do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que esteve acompanhado dos dirigentes Ricardo Vítor (Secretário Geral), José Toscano (Administração), Wanderson Modesto (Jurídico), Gesica Capato (Esportes) e Antônio Tavares (Cooperativas de Crédito), além dos diretores de base Jarbas Soares de Souza e Valdir Correia, ambos funcionários do Santander.

“Escorado na reforma trabalhista, que legalizou a terceirização irrestrita, desde 2021 o Santander vem transferindo trabalhadores para outras empresas pertencentes ao mesmo conglomerado, cada uma vinculada a um sindicato diferente. O que combatemos é este processo que claramente objetiva rebaixar salários, retirar direitos e enfraquecer a organização dos trabalhadores. Quem trabalha em banco é bancário e, por isto, deve ser abrangido pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária - válida em todo território nacional - e devidamente representado pelos Sindicatos dos Bancários”, acrescentou Clemilson, que é funcionário do Santander.

A manifestação ocorre horas depois da nona rodada de negociação (21/8) em que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou proposta de reajuste salarial abaixo da inflação (85% do INPC). O ajuste proposto pela Fenaban - rejeitado prontamente na mesa, pelo Comando Nacional dos Bancários - resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.

“Estamos lutando pelo fim das demissões, por mais contratação, por empregos decentes e devidamente amparados pela CCT, por melhores condições de trabalho e por valorização, mas apesar de novamente obter lucros estratosféricos, os bancos deixam bem claro, com essa proposta rebaixada e desrespeitosa, que não se interessam por empregos de verdade e com direitos, nem com o ser humano, mas sim com o lucro a todo custo”, concluiu o dirigente.

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