BNDES continuará a investir em empresas iniciantes
Segundo o presidente do BNDES, a atuação do banco no mercado de capitais, feita por meio da subsidiária BNDES Participações (BNDESPAR), é ampla, por ver nesse mercado “um dos mecanismos mais importantes” para o desenvolvimento do país.
Presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, disse que dará sequência à política de venda de participações em empresas já consolidadas (Wilson Dias/Agência Brasil)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dará sequência à política de venda de participações em empresas já consolidadas, para investir em empreendimentos que estejam iniciando sua atuação empresarial, informou hoje (11) o presidente da instituição Dyogo Oliveira, na cerimônia de abertura do seminário Mercado de Capitais Brasileiro, na sede do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.
Segundo o presidente do BNDES, a atuação do banco no mercado de capitais, feita por meio da subsidiária BNDES Participações (BNDESPAR), é ampla, por ver nesse mercado “um dos mecanismos mais importantes” para o desenvolvimento do país.
Dyogo Oliveira explicou que o BNDES pretende vender as participações nas empresas já consolidadas, para atuar em empresas iniciantes. “Nosso papel é fazer com que empresas se desenvolvam e beneficiem o país”, acrescentando que o BNDES “são negócios de risco que, com o tempo, acabam se revelando, principalmente quando se trata de empresas nascentes”.
Juros
No mesmo evento, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, disse que essa tendência do BNDES, em meio ao cenário de juros em baixa, resultará em uma necessidade maior de o banco assumir mais riscos em seus investimentos.
"No entanto é importante que haja compreensão de que este é um negócio de maior risco, mas uma empresa que dá certo já justifica todo o investimento e o esforço nas demais”, disse o ministro.
De acordo com Esteves Colnago, os riscos para o BNDES são maiores em períodos como o atual, no qual as taxas de juros são menores, devido ao fato de boa parte dos lucros dos bancos estar associada aos juros por eles cobrados.
“Nessa realidade de taxas de juros mais baixos, o BNDES terá de assumir mais riscos para promover e catalisar o mercado de capitais”, acrescentou Colnago. Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 6,5% ao ano.
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