BR-319 - Todos juntos, de olho na eleição

Agora, outra vez, "a coisa vai". Mas o que chama a atenção é que estamos a um mês da eleição geral (em realidade semi-geral porque não se elegerão vereadores e prefeitos), quando alguns dos principais interessados estão de olho realmente nem tanto no restabelecimento da BR, mas de possíveis, e com certeza prováveis, dividendos que possam vir desses anúncios.

Lucio Albuquerque
Publicada em 06 de setembro de 2018 às 14:54
BR-319 - Todos juntos, de olho na eleição

Jornalista Ciro Pinheiro, então Assessor de Imprensa do governo do Território, lê documento na solenidade de abertura da Semana da Pátria. Eram outros tempos. (F. Amarante)

O anúncio "virou" sensação na imprensa rondoniense: Bancadas federais do Amazonas e Rondônia, governadores e os de sempre, anunciando que "agora vai".  Enfim, como diria a música do Miguel Gustavo, "Todos juntos", no caso presente, em defesa das obras da rodovia BR-319. Parabéns!

Agora, quantas vezes já ouvimos, lemos, tomamos conhecimento, só nos últimos cinco anos, incluindo campanhas midiáticas e declarações do "agora vai", camisetas, bonés, plásticos coláveis em veículos, promessas de ministros, sobre o tema. E quantas vezes têm sido as mesmas respostas?  Já deixou de ser frustração, mas a sensação de que toda a mídia feita em torno do assunto não vai dar em nada.

Viajei pela 319 desde antes dela estar entregue ao tráfego, depois várias vezes, de carro, de ônibus, e sei de sua importância para a integração amazônica, mas também observo que, realmente, com todo o respeito por aqueles que vibram com o assunto "recuperaççao" da 319, há muita fumaça e pouco fogo.

Agora, outra vez, "a coisa vai". Mas o que chama a atenção é que estamos a um mês da eleição geral (em realidade semi-geral porque não se elegerão vereadores e prefeitos), quando alguns dos principais interessados estão de olho realmente nem tanto no restabelecimento da BR, mas de possíveis, e com certeza prováveis, dividendos que possam vir desses anúncios.

Há um fato que é comum ouvir em Manaus, com maior frequência, e aqui também, apesar da frequência menor, de que empresários que teriam fortes ligações com  a política no estado vizinho, seriam os grandes beneficiários do sistema de transporte de balsas. E que, por isso, a coisa sempre tem morrido no nascedouro. Talvez sejam apenas boatos, mas onde há fumaça há fogo....

Ainda que eu não acredite nessa nova proposta, até por que claramente eleitoreira, sou dos que acreditam que um dia teremos a 319 aberta ao tráfego, mas não creio que seja para veículos de todos os portes haja vista o próprio clima amazônico que opera grandemente com o solo da área do traçado da rodovia.

Paralelo com isso há um fator fundamental para que a obra seja realmente executada, além da ineficácia dos órgãos responsáveis pela fiscalização mais  as facilidades disponíveis na legislação brasileira:  o histórico de crimes ambientais, tão comuns em áreas beneficiadas pela estrutura viária fato somado à fobia dos que vêem apenas o lucro, e a politização dos órgãos responsáveis pelos alvarás que possam liberar o serviço.

Considere-se dito!

Seu Benu: Pirâmide invertida

 “Meu jovem, você já viu alguém soterrado sobre algo?”.

Uma das coisas que, não o nego, me deixa irritado, é quando ouço alguém que venha com aquela lenga-lenga de que "Isso só acontece em Rondônia". A citação é redundante e representa, em meu entendimento, uma forma de discriminação. 

Ainda outro dia eu estava numa roda de conversa com participantes de várias profissões, e lá vem, relativo a um fato que estava acontecendo, a citação do "Só acontece em Rondônia".

Em meus arquivos tenho histórias de várias citações de veículos de comunicação de outras regiões do país onde há informações que, pelo contrário em relação aos que fazem aquela citação, elas "não acontecem só aqui".

Lembrei do meu personagem, o "Seu Benu" quando ele citou a notícia de um importante veículo do "sul maravilha" onde o redator registrava que um avião havia batido numa "anta voadora". Para "Seu Benu", a "anta" era o redator.

Outra interessante também foi o registrado no jornal Estado de S. Paulo: ( http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,copa-do-mundo,friaca-tem-historia-ofuscada-por-derrota-em-50,1505105).

O redator citava: “Único brasileiro a marcar na decisão no Maracanã, tem feito soterrado SOBRE escombros de Barbosa e Bigode após a perda da copa do Mundo”. 

A referência era sobre a final da Copa de 1950, quando o Brasil perdeu de 2x1 para o Uruguai. "Seu Benu" estranhava - eu e muitos outros inclusive leitores da coluna que assino, que alguém possa ficar soterrado "sobre" alguma coisa, e peguntava "Considerado, o certo não seria "sob"?

Só para lembrar: o autor do gol brasileiro foi Friaça.

Inté outro dia, se Deus quiser!

Winz

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