Brasil confirma lugar entre potências dos JMM
Terceiro lugar em Wuhan mostra força da equipe brasileira
O ano de 2019 ficará marcado pela ótima campanha do Brasil na sétima edição dos Jogos Mundiais Militares (JMM), realizados na localidade chinesa de Wuhan. No evento, a delegação brasileira terminou na terceira posição do quadro de medalhas.
Desta forma o Brasil alcançou a meta de permanecer entre as três maiores potências desportivas militares entre todas as nações que integram o Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM).
Equipe de ginástica artística conquista vice-campeonato nos JMM - Divulgação/ Secretaria Especial do esporte
Ao final do evento a delegação brasileira conquistou um total de 88 medalhas (21 ouros, 31 pratas e 36 bronzes). A primeira posição ficou com a China, com 239 conquistas (133 ouros, 64 pratas e 42 bronzes), enquanto a Rússia foi a segunda, com 161 premiações (51 ouros, 53 pratas e 57 bronzes).
Ensaio para Jogos de Tóquio 2020
A participação em um megaevento esportivo como os JMM pode ser considerada uma espécie de ensaio dos atletas brasileiros para os Jogos de Tóquio. Um ensaio muito bem-sucedido em vários casos.
Um exemplo é Darlan Romani. O sargento da Força Aérea Brasileira fez um arremesso de 22m36cm e garantiu a medalha de ouro. Esta não foi a primeira conquista dourada dele em uma edição do evento. Em 2015, na edição realizada em Mungyeong, na Coreia do Sul, o brasileiro também conseguiu o melhor arremesso da prova.
Darlan Romani é ouro na prova do arremesso do peso - Rodolfo Vilela/Ministério da Cidadania
Darlan é uma esperança de medalhas nos Jogos de Tóquio, em especial após um 2019 no qual também conquistou o título pan-americano, em Lima, no Peru.
Outra esperança de medalha olímpica para o Brasil que brilhou em Wuhan foi a judoca Rafaela Silva. Ela conquistou o ouro na categoria leve (até 57 Kg) ao derrotar a romena Andreea Chitu na final. Sargento da Marinha, a carioca de 27 anos já tem um ouro olímpico no currículo.
Ana Marcela Cunha também cumpriu uma bela jornada nos JMM, com a conquista de 3 medalhas. Foram um bronze, uma prata e um ouro, este na prova feminina dos 10 km. A atleta baiana da prova de maratona aquática é considerada uma das esperanças de medalhas do Brasil no Japão.
Com presença garantida em Tóquio, a dupla brasileira de vôlei de praia Bruno Schmidt e Evandro ficou com o ouro em Wuhan. Eles venceram na final os alemães David Poniewaz e Bennet Poniewaz por dois sets a zero (21 /18 e 21/15).
Evandro e Bruno Schmidt são ouro no vôlei de praia masculino em Wuhan - Pedro Ramos/Ministério da Cidadania
Brasil nos Jogos
O Brasil esteve presente em todas as edições do Jogos Mundiais Militares. Se, em 1995, o país ocupou uma modesta 36ª posição no quadro de medalhas, atualmente pode ser considerado uma das grandes forças da competição.
Esta mudança de patamar aconteceu em 2011, quando a delegação brasileira garantiu a primeira posição do quadro de medalhas com 114 conquistas (45 ouros, 33 pratas e 36 bronzes). Nesta oportunidade a sede foi a cidade do Rio de Janeiro.
Ana Marcela Cunha brilhou nas provas de maratona aquática - Rodolfo Vilela/ rededoesporte.gov.br
Os Jogos de 2011 receberam 4.218 atletas representando 111 países. Os 10 dias do evento contaram com disputas em 20 modalidades, sendo que 6 delas eram tipicamente militares.
Quatro anos depois o Brasil voltou a ter uma campanha de destaque. Conquistou o total de 84 medalhas (34 ouros, 26 pratas e 24 bronzes) e garantiu a segunda posição no quadro de medalhas.
Wuhan 2019
Imagem marcante da abertura da 7º edição dos JMM - Pedro Ramos/Ministério da Cidadania
Em 2019, em Wuhan, o Brasil alcançou sua terceira melhor campanha na história dos Jogos Mundiais Militares e confirmou seu lugar entre as potências do evento esportivo.
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