Café Robusta Amazônico é tema de aula-show no 5º Sicoob Sabor
Também aconteceu uma degustação de café robusta com Juan Travain, presidente Associação dos produtores de Café de Rondônia (Caféron) e Deigson Bento, cafeicultor e proprietário do café Dom Bento produzido em Cacoal (RO)
O café foi protagonista da aula-show realizada na quarta-feira, 20 de julho, no 5º Sicoob Sabor – Festival Gastronômico e Cultural de Vilhena. Os participantes aprenderam a fazer uma receita especial com a mistura de dois ingredientes símbolos do estado de Rondônia, o tambaqui e o café robusta amazônico.
Marcelo Lopes, engenheiro agrônomo, cafeicultor e extensionista da Emater de Rolim de Moura (RO), ensinou a preparar o tambaqui assado ao molho de café, uma receita desenvolvida por ele. O molho agridoce feito com o café robusta amazônico e melado de cana traz um sabor ilustre ao prato.
“Sou cafeicultor e resolvi criar esse molho para utilizar no tambaqui assado, pensei que ficaria bom um sabor agridoce. As primeiras tentativas ficaram muito ruins, mas fui aperfeiçoando até chegar neste resultado aprovado pelos meus amigos”, explicou Marcelo.
Também aconteceu uma degustação de café robusta com Juan Travain, presidente Associação dos produtores de Café de Rondônia (Caféron) e Deigson Bento, cafeicultor e proprietário do café Dom Bento produzido em Cacoal (RO).
As duas espécies de café mais comercializadas no mundo são arábica e canéfora. Dentro da espécie canéfora existem variações botânicas, no Brasil as mais comercializadas são conilon e robusta. Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés conilon e robusta.
Assim como o queijo canastra, presunto de parma e o próprio champagne, o café robusta amazônico possui o registro de Indicação Geográfica (IG) conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. De acordo com Juan, atualmente 15 municípios na Amazônia fazem parte dessa indicação geográfica.
“Aqui no nosso terroá, houve uma hibridação natural. Os produtores observaram que as duas variedades se cruzaram. Eles foram selecionando as plantas mais produtivas, saudáveis, com maturação uniforme, e com isso surgiu essa nova qualidade sensorial que nós estamos difundindo para todo o mundo”, explicou. Confira mais fotos aqui.
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