Campanha de conscientização sobre a lavagem das mãos, que salvam, mas também contaminam, é reforçada nos hospitais públicos de Rondônia

A gerente técnica da Agevisa, Vanessa Ezaki, explicou que a higienização das mãos é uma das seis metas internacionais de segurança do paciente.

Texto: Veronilda Lima Fotos: Ésio Mendes
Publicada em 04 de maio de 2018 às 11:18
Campanha de conscientização sobre a lavagem das mãos, que salvam, mas também contaminam, é reforçada nos hospitais públicos de Rondônia

Vanessa orienta equipes das unidades de saúde sobre a campanha que será reforçada nas unidades de saúde

A primeira impressão é a que fica. Com esta frase, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa-RO) reforça a importância deste gesto simples, mas importante para o controle da infecção hospitalar, e que por isso deve se tornar rotina para todos, em especial os profissionais da área de saúde, que lidam diretamente com pacientes. Como parte da campanha do Dia Mundial da Higienização das Mãos, celebrado em 5 de maio, a Agevisa realizou nesta sexta-feira (4) a entrega de materiais, como folders e banners, para serem distribuídos nas unidades médicas pelos núcleos de segurança de pacientes dos hospitais públicos e comissões de controle de infecção hospitalar.

A gerente técnica da Agevisa, Vanessa Ezaki, explicou que a higienização das mãos é uma das seis metas internacionais de segurança do paciente, um gesto simples, rápido e que salva vidas, que pode ser feito de duas maneiras: com álcool em gel (álcool 70) ou com água e sabão. “O método mais eficaz é que se utiliza o álcool em gel, mas se houver sujeira, é necessário o uso da água e sabão”, citou, completando que os cinco momentos para a higienização são antes do contato com o paciente, antes da realização de procedimento asséptico, após risco de exposição a fluidos corporais, após o contato com o paciente e após o contato com as áreas próximas aos pacientes.

A distribuição de materiais como suporte às unidades de saúde do estado durante a campanha mundial se tornou tradição para a Agevisa, segundo Vanessa, com vistas a facilitar o trabalho de conscientização, não apenas dos profissionais de saúde, como também dos colaboradores, pacientes e familiares.

Tão importante quanto deixar boas impressões, conforme observa o folder de divulgação, é sermos capazes de nos colocarmos no lugar do outro, priorizando a saúde e bem-estar dos pacientes e colegas de trabalho. “A higienização das mãos deve fazer parte de sua rotina, pois se suas mãos estão limpas, todos estão seguros e não existirão más impressões, ou seja, contaminação”, ressaltou a gerente técnica, que coordena a campanha.

Ao todo estão sendo distribuídos dois mil folders e 20 banners para sete unidades de saúde do estado, quatro delas em Porto Velho, que são o Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II (HJPII), Hospital de Base Ary Pinheiro (HB), Hospital Infantil Cosme e Damião (HICD) e o Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), além dos Hospitais Regionais de São Francisco do Guaporé e de Cacoal; e o Hospital de Urgência e Emergência (Heuro), também de Cacoal.

No Brasil, estima-se que 3 a 15% dos pacientes hospitalizados adquirem infecção, e destes, 5 a 12% morrem em consequência da mesma; e estudos acerca dos processos de disseminação dos patógenos apontam as mãos dos profissionais da saúde como reservatório de microrganismos responsáveis pela infecção cruzada. Em outra avaliação realizada em uma unidade de clínica médica e cirúrgica de um hospital em Minas Gerais, tendo como população alvo a equipe de enfermagem, fisioterapeuta e médicos, observou-se que apesar da disponibilidade dos produtos para a lavagem das mãos e da existência de cartazes divulgando todas as etapas da técnica, os profissionais não realizaram o procedimento conforme as recomendações, evidenciando a necessidade da implementação de atividades ludo-pedagógicas e motivação para intensificar a adesão dos profissionais. Em Rondônia, a situação não é diferente, segundo Vanessa Ezaki, apesar do ato de lavar as mãos ter sido recomendado há 140 anos por Semmelweis, considerado o “pai do controle de infecções”.

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