Caps Infanto Juvenil celebra nono ano de atuação com mais de 3 mil atendimentos
Pacientes de 5 a 17 anos realizam tratamento de transtorno mental grave e severo
O Centro de Atenção Psicossocial (Caps 1) Infanto Juvenil iniciou as comemorações do nono aniversário com muitas homenagens. No primeiro dia não faltaram bolo, refrigerantes, pipoca e entrega de lembrancinhas aos pacientes, acompanhantes e servidores da casa.
Órgão da Prefeitura de Porto Velho vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), o Caps Infanto Juvenil atende mais de 3 mil crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos de idade. São casos em que elas se encontram em sofrimento mental e necessitam especialmente de acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra.
Conforme Luzia Viana, diretora do Caps Infanto Juvenil, participam do atendimento terapeuta ocupacional, assistente social, enfermeiros, técnicos de enfermagem, clínica geral e psiquiatra. A equipe multidisciplinar se reveza trabalhando pela manhã e tarde.
Ela explica que os assistentes sociais ou enfermeiros fazem o primeiro contato com os pacientes e as famílias que vão em busca de ajuda: “Fazemos o acolhimento e, de acordo com o caso, encaminhamos para o psicólogo ou psiquiatra para o tratamento necessário”, explica a diretora
Robson Machado, psiquiatra, pediatra e diretor técnico da unidade
EQUIPE
Psiquiatra, pediatra e diretor técnico da unidade, Robson Machado explica que a pandemia da Covid-19 provocou o aumento de 30% na demanda por assistência psicossocial de crianças e adolescentes. A equipe teve que se reinventar.
O trabalho dos grupos educativos terapêuticos realizados pelos profissionais para atender pacientes e seus familiares foram suspensos durante a pandemia para evitar aglomeração.
As psicólogas deram assistência por telefone e os médicos fizeram a renovação das receitas.
Com o aumento dos casos relacionados a pandemia, o Caps I teve sua equipe reforçada com a contratação de uma terapeuta ocupacional.
AMOR
A psicóloga Priscila Uberlino destaca que as comemorações do aniversário também são momentos para analisar o trabalho feito: “Temos a certeza do dever cumprido. São nove anos de muita dedicação, de acolhimento, de tentar ajudar a ressignificar o sofrimento humano e, sobretudo, dedicar amor. Nós acolhemos e atendemos com amor”, afirmou.
Ajudar os pacientes a desenvolverem suas habilidades e ensiná-los a fazer coisas simples como abotoar a blusa, escovar os dentes ou mesmo amarrar o cadarço dos sapatos, são tarefas que estão sob a responsabilidade da terapeuta ocupacional Edina Gonçalves.
“Pequenas coisas que para nós podem ser quase nada, para eles significa uma grande dificuldade. O terapeuta elabora atividades para trabalhar essas dificuldades, especialmente dos autistas”, explicou a terapeuta.
Com relação ao trabalho de assistente social, Ana Carla Rocha, revela que, além de acolher o paciente e a família para entender que tipo de atendimento precisam naquele momento, uma de suas principais atribuições é orientá-los quanto aos benefícios disponibilizados pelo Governo Federal, como o Bolsa Família, por exemplo.
Ana Carla Rocha, assistente social
“Muitas famílias estão em completo estado de vulnerabilidade social e não sabem que podem ter acesso aos benefícios, muito menos o que devem fazer para obtê-los. Compete-nos orientá-los da melhor forma possível”, ressaltou.
SENTIMENTO
Pai de uma criança autista e sem acesso a esse tipo de atendimento na rede pública do Acre, onde morava, Antônio Pontes de Souza não pensou duas vezes e mudou-se com a família para Porto Velho em busca de tratamento para o filho.
Com a criança evoluindo no tratamento, seu sentimento pela equipe do Caps é de pura gratidão. “Fui muito bem recebido, muito bem tratado. É como se estivesse em casa. Os profissionais são muito qualificados e nos dão total atenção. Isso faz com que o tratamento do meu filho esteja evoluindo. Percebo que ele já melhorou bastante, graças a Deus”, elogiou.
Texto: Augusto Soares
Foto: Wesley Pontes
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