Central de Cacoal deve processar quase 500 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos até o final de 2017

Em 2016, Cacoal recebeu e processou 485 toneladas de embalagens de todo o estado de Rondônia e ainda do Acre.

Texto: Giliane Perin Fotos: Giliane Perin
Publicada em 10 de novembro de 2017 às 17:35
Central de Cacoal deve processar quase 500 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos até o final de 2017

Em 2016, a Central de Coleta de Embalagens Vazias de Agrotóxicos localizada em Cacoal recebeu e processou 485 toneladas de embalagens. Para 2017, a projeção é que esse número chegue a 496 toneladas.

Em todo o estado de Rondônia existem 14 postos de coleta, contudo, apenas Cacoal possui uma central que além de receber as embalagens vazia, faz o processamento do material. Com isso, todas as embalagens coletadas em Rondônia tem como destino a Central de Cacoal, que recebe ainda embalagens vindas do estado do Acre.

De acordo com Sidney Marcos Inoui, engenheiro agrônomo e gerente da Associação das Revendas de Produtos Agroquímicos de Cacoal e Região (Arpacre), 50% das embalagens que chegam até a Central de Cacoal são oriundas do Cone Sul do estado de Rondônia. “A região de Vilhena é movida pela agricultura, são muitos hectares de plantações. Por isso, metade do que chega aqui na Central vem do Cone Sul”. A Arpacre é uma associação sem fins lucrativos, responsável pelo gerenciamento da Central de Coleta de Embalagens Vazias de Agrotóxicos de Cacoal.

Quando chega à Central, todo o material é classificado, prensado e enviado para a destinação final, que pode ser a incineração ou a reciclagem. Até 2014, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) fazia a coleta das embalagens em Cacoal. Hoje, são os próprios produtores que entregam o material na central, localizado na linha 6, próximo ao perímetro urbano.

“A Idaron fazia a coleta junto aos produtores e então começamos a direcioná-los para que eles mesmos dessem a destinação final das embalagens. Hoje, todos os produtores de Cacoal entregam as embalagens vazias diretamente na central”, explicou Nilton Ferreira, chefe da Idaron em Cacoal. No restante do estado, conforme explicou Nilton Ferreira, o Idaron continua com as coletas itinerantes.

“Apesar desta não ser uma obrigação da Idaron, eles continuam se responsabilizando em coletar e dar a destinação correta às embalagens vazias. É, sem sombra de dúvida, um grande apoiador deste trabalho”, avalia o gerente da Central de Coleta de Embalagens Vazias de Agrotóxico, Sidney Marcos.

Conforme explicou o chefe da Idaron, a Agência tem como obrigação fiscalizar o sistema, se o produtor devolve as embalagens e se isso acontece da forma correta e também fiscalizar o processo de recebimento da Central e dos Postos de Coleta conforme a legislação. “A nossa obrigação em si não é ajudar a coeltar, apenas fiscalizar, mas nós sabemos da importância da destinação final das embalagens, então enquanto for possível, a Idaron contribuirá com a coleta nos outros municípios. Cacoal já tem a sua Central, então as coletas itinerantes continuam nos outros municípios”.

O produtor rural Evaristo Pandolf foi pela primeira vez fazer a entrega de embalagens vazias de agrotóxicos na manhã de sexta-feira (10). Evaristo se mostrou surpreso com a organização do local e a facilidade da ação. “A última entrega que eu fiz de embalagens foi durante uma coleta itinerante da Idaron, acho que em 2014. De lá pra cá eu não fiz, até porque os galões ainda tinham produtos que eu fui usando. Hoje vim aqui, entreguei cinco galões e vi que o processo é fácil e rápido. Além disso, o lugar é muito organizado”, destacou o produtor.

Winz

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