Colégio Tiradentes em Porto Velho inclui mais 260 alunos no Programa de Resistência às Drogas e Violência

No primeiro semestre deste ano, o programa formou mais de 15 mil alunos, e desde o início, 17 anos atrás, atendeu a 230 mil.

Texto: Montezuma Cruz Fotos: Jeferson Mota
Publicada em 23 de agosto de 2017 às 11:57
Colégio Tiradentes em Porto Velho inclui mais 260 alunos no Programa de Resistência às Drogas e Violência

A diretora pedagógica Marinete (em pé) fala na aula inaugural para novas turmas do Proerd

Mais 264 alunos do 5º e 7º anos A, B, C e D do Colégio Tiradentes da Polícia Militar participaram, na sexta-feira (18), da aula inaugural do Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd).

“Luz, câmera, ação, drogas não!”, eles repetiram sucessivas vezes, a partir das 7h30, depois da formação das filas de cada sala de aula, e da caminhada até o auditório dessa escola, no bairro Industrial.

No primeiro semestre deste ano, o programa formou mais de 15 mil alunos, e desde o início, 17 anos atrás, atendeu a 230 mil. Em 2000 iniciou suas atividades apenas em Guajará-Mirim, Porto Velho e Vilhena.

“Hoje é dia de Proerd!”, comemoravam os alunos no momento da formação da mesa, composta pelo diretor escolar, coronel Robson Lima; pela representante do Corpo Docente, professora Eliana dos Santos Morato Baraldi; e pelo coordenador estadual do programa, capitão Paulo Antunes da Silva.

Em pé, a diretora pedagógica Marinete Oliveira de Andrade e as demais professoras ouviram seus nomes soletrados em voz alta pelos alunos, seguindo-se a saudação em Libras [Língua Brasileira de Sinais] com o significado de “parabéns”.

O capitão Paulo Antunes orou, pedindo a Deus para livrar as crianças do “mal do século”. “Aproveitem bem as dez semanas do curso”, apelou.

A diretora Marinete lembrou o início do programa, do qual participaram apenas 500 crianças. O Colégio Tiradentes de Porto Velho foi um dos primeiros a aceitá-lo.

A cada semana, um tempo de aula da escola é cedido para palestras feitas pelo coordenador, cabo Cleiton Gomes.

“Esse aprendizado será muito benéfico a cada um de vocês, perguntem à vontade ao cabo Cleiton, tirem dúvidas”, disse Marinete.

O Proerd segue em Rondônia o original norte-americano Drug Abuse Resistence Education (DARE), concebido em 1983. Presente em mais de 50 países, começou no Brasil em 1992.

O coronel Lima pediu-lhes que chamem os pais para acompanhar seu aprendizado. Antes da entrega dos livros para um grupo de alunos, indagou-lhes: “Estão sabendo que temos mais seis colégios Tiradentes no estado, e todos terão o Proerd?”.

Setenta instrutores o conduzem em mais de 20 municípios. “Crescemos mais do que em 2016 e este ano queremos mais que dobrar o atendimento”, disse o cabo Cleiton.

Mesmo otimista, o instrutor admite a impossibilidade de atender atualmente a todas as escolas. “As que não são contempladas no ano, ficam para o ano seguinte”.

“A satisfação é grande, quando vemos cada um deles firmar o compromisso de ficar longe das drogas e da violência, e muitos deles alcançarem a condição de multiplicadores”, acrescentou.

Até 2018, o comando da PM espera levar o programa a 100% de atendimento ao ensino fundamental, na rede estadual de ensino.

COMO É

► Podem participar do Proerd alunos de nove a 12 anos matriculados nas redes estadual, municipal e particular de ensino.

► Tem quatro currículos, atendendo à educação infantil (três primeiros anos do Ensino Fundamental), 5º e 7º anos do Ensino Fundamental. A família do aluno pode participar.

► Para tê-lo, a direção da escola solicita por ofício à coordenadoria estadual, no Comando da PM.

► A Seduc fornece kits ao programa. Cada kit tem livros, canetas, bonés e certificados.

► Formaturas de turmas ocorrem a cada final de semestre.

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