Com presença de Mourão, empresários reagem a ofensiva do clã Bolsonaro e lançam estudo para defender negócios com a China

O conselho é uma entidade que reúne diplomatas e empresários que já mantêm relações com a China ou têm interesse no parceiro comercial

Brasil 247
Publicada em 26 de novembro de 2020 às 10:58
Com presença de Mourão, empresários reagem a ofensiva do clã Bolsonaro e lançam estudo para defender negócios com a China

O Estudo Conselho Empresarial Brasil-China propõe a realização de um estudo e a adoção de estratégias para demonstrar que o maior parceiro comercial do Brasil seja visto pelos brasileiros não como um competidor e uma ameaça, mas como referência e oportunidade, em especial para diversificar a pauta de exportação e absorver novas tecnologias.

As “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, serão divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Conselho Empresarial Brasil-China em um evento que prevê a presença do vice-presidente Hamilton Mourão, que em diferentes ocasiões já divergiu do tratamento incorreto de Jair Bolsonaro, do seu clã e do Itamaraty sobre a China. Mourão faz parte da Comissão Sino-Brasileira. 

O conselho é uma entidade que reúne diplomatas e empresários que já mantêm relações com a China ou têm interesse no parceiro comercial. Entre os associados estão instituições financeiras e empresas como Banco do Brasil, Bradesco, BRF, CPFL Energia, Embraer, Itaú e Vale, informa o jornalista Eduardo Cucolo na Folha de S.Paulo.

O lançamento do estudo ocorre num momento em que Jair Bolsonaro, seu filho Eduardo, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, e o Itamaraty estão em campanha contra a China, seguindo os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deixará o cargo em janeiro próximo. 

A China tem sido apontada pelo governo brasileiro como uma ameaça, no contexto de uma disputa comercial e tecnológica mais acirrada com os Estados Unidos.

Na última segunda-feira (23), Eduardo Bolsonaro postou na sua conta do Twitter que o programa Clean Network, ao qual o Brasil declarou apoio, protege seus participantes de invasões e violações. Segundo ele, a iniciativa afasta a tecnologia da China e evita a sua espionagem. As declarações do filho de Jair Bolsonaro motivaram uma resposta dura por parte da embaixada da China. 

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