Comarca de Machadinho D’Oeste debate Adoção Legal
O curso foi programado pelo Núcleo Psicossocial (Nups) da comarca e realizado na Escola Joaquim Pereira, localizada na sede do município.
A adoção legal foi o tema central debatido no Curso Preparatório à Adoção (CPA) na comarca de Machadinho D’Oeste, no final do mês de outubro. O público-alvo foram os pretendentes à adoção. O curso foi programado pelo Núcleo Psicossocial (Nups) da comarca e realizado na Escola Joaquim Pereira, localizada na sede do município.
O juiz titular da comarca, Muhammad Zaglout, esteve presente na abertura do curso e enfatizou a importância da ação, destacando as responsabilidades tanto da Justiça quanto das pessoas postulantes a esse processo.
Como estratégias para a melhor aprendizagem, durante o curso foram utilizados recursos audiovisuais e dinâmicas que facilitaram a abordagem dos temas referentes à legislação, aspectos psicológicos relacionados ao desejo de adotar, gestação emocional, implicações e motivações na alteração do prenome, sentidos atribuídos ao comportamento da criança à luz da hereditariedade, implicações emocionais e sociais em casos de devolução da criança, de onde vem e quem são as crianças disponíveis no Cadastro Nacional de Adoção, entre outras importantes temáticas que se fizeram pertinentes.
Para a psicóloga Sirlei Felberg, que atuou como facilitadora no CPA, o curso ajuda a evitar situações de desgastes. “É uma das etapas de preparação e acompanhamento dos pretensos adotantes e que visa reduzir ao máximo os insucessos ou devoluções, durante o processo de adoção. Compreender qual o lugar simbólico destinado ao futuro filho ou filha, assim como entender que a paternidade e maternidade exigem muito mais que amor, admitindo internamente que criar e educar é um processo complexo com dificuldades e dissabores. O curso facilita a construção do sentido de família, para além dos estereótipos de pais e filhos perfeitos”, observou.
O curso é um requisito legal necessário para quem pretende efetivar a adoção e está previsto no artigo 197, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Trata-se de uma preparação psicossocial e jurídica e promove uma reflexão oportuna sobre o desejo de adotar.
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