Comarcas do interior viabilizam projeto ambiental no Vale do Guaporé

Recursos de penas pecuniárias, administrados pelo GMF, vão subsidiar ações de preservação do rio Guaporé

Assessoria de Comunicação Institucional Fotos cedidas pela gerente regional da Sedam
Publicada em 17 de setembro de 2020 às 11:12

Um projeto que busca a preservação de um dos rios mais ricos em biodiversidade do país, o Guaporé, recebeu apoio do Poder Judiciário de Rondônia. Com ações de educação ambiental, o projeto Reciclando Hábitos, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado – Sedam, recebeu apoio das comarcas de Costa Marques, São Miguel do Guaporé e São Francisco do Guaporé, e vão receber quase 20 mil reais, provenientes de penas pecuniárias,  ou seja, medida alternativa à prisão, que pune crimes de menor potencial ofensivo com o pagamento em dinheiro.

 Para isso, a Sedam apresentou, em maio, o projeto Reciclando Hábitos, buscando atender edital de chamamento da comarca de Costa Marques para destinação de recursos de penas pecuniárias. Ao reconhecer a extensão do projeto e atestar a ausência de recursos na Comarca, o juiz Lucas Niero Flores instaurou processo no Sistema Eletrônico de Informações do Tribunal de Justiça de Rondônia, consultando o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do sistema carcerário e medidas socioeducativas, GMF,  integrado pelo TJRO e por órgãos do sistema de Justiça, em busca do apoio de outras comarcas. Ao serem consultadas, as comarcas de São Miguel do Guaporé e São Francisco do Guaporé apresentaram interesse em participar do projeto, e, após a manifestação favorável do Ministério Público do Estado, foi expedido o alvará no valor de 19.081,15 reais à Sedam. “É de extrema felicidade o Poder Judiciário poder colaborar em uma região tão rica em biodiversidade e tão importante para o meio ambiente”, comemora Flores.  

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A gerente regional da Sedam, Jéssica Torezani, esclarece que o projeto pretende ampliar uma atividade organizada pela sociedade civil, denominada “Guaporé Limpo”, que atua há 9 anos na Região do Vale do Guaporé, com ações importantes. “Somente no ano de 2019 foram recolhidos, das margens do rio, aproximadamente quase 4 toneladas de resíduos. Precisamos da união de esforços do poder público para manter a região preservada”, diz.  

 Dentre os objetivos do projeto estão a conscientização da preservação do Rio Guaporé e o dos resíduos gerados por moradores ribeirinhos, contemplando os municípios que integram a regional do Vale do Guaporé (Costa Marques, São Francisco do Guaporé, Seringueiras e São Miguel do Guaporé), navegação de 600 km ao leito do rio Guaporé, em sete dias de viagens, com aplicação de palestras nas comunidades ribeirinhas, recreações educativas de cunho ambiental e ações sociais, com a coleta de resíduos.

 “O apoio ao Projeto é a demonstração que o Poder Judiciário está atento à necessidade de recuperação e envolvimento de todos para um ambiente ecologicamente equilibrado”, ressaltou a juíza titular da Comarca de São Francisco do Guaporé, Marisa de Almeida. Para a juíza da Comarca de São Miguel do Guaporé, Rejane de Sousa Gonçalves Fraccaro, “o Projeto Reciclando Hábitos, que trata de Educação Ambiental, é de grande importância para a conscientização da preservação do rio Guaporé e contemplará a região do Vale do Guaporé”.

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