Vereadores de Vilhena estão recebendo, todos os dias, ligações de dezenas de servidores que trabalharam durante todo o mês de julho na prefeitura de Vilhena e não receberam o salário referente ao período. Um dos parlamentares que receberam chamadas disse ao FOLHA DO SUL ON LINE que o receio dos que enfrentam esta situação é que o mês trabalhado nunca venha a ser pago.

O vereador explicou que os servidores que não tiveram seus nomes incluídos na folha salarial são aqueles que, mesmo sem nomeação, resolveram trabalhar para garantir a vaga no serviço municipal. A situação já havia sido mostrada em reportagem do site. Relembre aqui.

A assessoria do prefeito Eduardo Japonês (PV) admite que, como são muitas as contratações, alguns foram autorizados a prestar serviços, com a garantia de que a nomeação seria feita com data retroativa, para evitar a perda dos dias efetivamente trabalhados.

Há casos, no entanto, segundo atesta um vereador, em que servidores foram autorizados a trabalhar, principalmente em serviços gerais, por pessoas que tinham poder de mando. A necessidade de mão-de-obra em áreas essenciais, como escolas e postos de saúde, levaram os responsáveis por estes setores e resolver o problema fazendo as convocações.

O problema é que, como mostram os casos pendentes, não havia qualquer garantia de que os comissionados seriam nomeados. E, sem nomeação, o pagamento não pode ser feito, sob pena de os responsáveis serem condenados na justiça.

 PORTAL CAI
Na tarde de ontem, o FOLHA DO SUL ON LINE tentou acessar o Portal da Transparência, mas a página eletrônica estava fora do ar. Antes, porém, foi possível conferir que já são 308 o número de cargos comissionados preenchidos pelo prefeito. E ele havia prometido usar apenas entre 200 e 250 destas vagas, que na gestão de Rosani Donadon (MDB) chegavam a quase 600.