Conselheira Julinda da Silva relata processo no Conselho Federal que autoriza título de advogado a cidadã de Goiás por sua história de vida
Conforme a conselheira, a mulher teria sido impedida de cursar direito por discriminação de raça, gênero e condição social
A conselheira federal Julinda da Silva foi relatora na proposta de concessão do título de advogada à Leodegária Bazília de Jesus, por sua história de vida, com inscrição honorária nos quadros da OAB.
A proposta foi feita pelo presidente da subseção de Goiás (GO), Murillo de Oliveira, pela vereadora Elenízia da Mata de Jesus e pelo conselheiro seccional da OABGO Reginaldo Ferreira Adorno Filho. Conforme a conselheira, a mulher teria sido impedida de cursar direito por discriminação de raça, gênero e condição social.
A relatora explica que o Conselho Pleno da OAB Goiás decidiu por unanimidade que fosse submetida à avaliação do Conselho Federal da Ordem, para que a inscrição fosse concedida nos mesmos moldes em que foram realizadas as de Luiz Gama e da Esperança Garcia, com participação conjunta de entidades estadual e federal.
“Logo, o reconhecimento simbólico de Leodegária Basília de Jesus, como advogada, contribui para o resgate da igualdade racial e de gênero, bem como possibilita corrigir erros graves cometidos pelo racismo, e ainda, contra a mulher. Por meio de suas obras, ela deu voz às minorias sociais em meio a uma região marcada pela escravidão, num período patriarcal, de construções históricas de preconceito sobre a raça negra e sobre o gênero, já que não se casou, não teve filhos, e ainda assim, foi referência de intelectualidade mesmo em meio a um universo, predominantemente, masculino”, resumiu a relatora.
A conselheira rondoniense emitiu voto favorável, seguido pelos demais conselheiros, justificando entender a pertinência do tema proposto, acolhendo fundamentos e considerações para que seja concedida a inscrição honorária de Leodegária Bazília nos quadros da OAB Goiás e Nacional.
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