Consultor de anúncios digitais, Gustavo Coelho, explica as estratégias das campanhas online na reta final

“Os partidos políticos investem altas quantias em anúncios no Facebook e Instagram, e como eles anunciam para um público muito amplo (maiores de 18 anos), afetam todas as camadas do leilão, aumentando assim o CPM de todos os públicos e consequentemente o custo por clique

Gustavo Coelho/Foto: Divulgação
Publicada em 25 de outubro de 2022 às 14:52
Consultor de anúncios digitais, Gustavo Coelho, explica as estratégias das campanhas online na reta final

Gustavo Coelho

Faltando cinco dias para o segundo turno das eleições, a corrida pela presidência da república faz com que as equipes de marketing dos partidos políticos invistam todas as fichas na busca pelos eleitores, principalmente no mercado digital. Juntos, os candidatos Lula e Bolsonaro já investiram mais de R$ 24,7 milhões em anúncios no Google só em outubro (de 1 a 24/10). Segundo um estudo recente feito pelo Consultor de anúncios digitais, Gustavo Coelho, 40% dos conteúdos de publicidade que circulam na ferramenta de pesquisa tem como objetivo atacar o adversário e 20% são voltados para a defesa desses ataques. “Os outros 40% são divididos igualmente entre programas de governo e novas alianças”, explica Coelho.

No dia 30 de outubro, mais de 156 milhões de eleitores aptos a votar vão às urnas eleger o próximo presidente da República, assim como governadores de alguns estados que disputam o segundo turno. Mas se nos grandes veículos de comunicação cada candidato e partido conta com um espaço e duração pré-definidos, o mesmo não acontece nas redes sociais, onde todos disputam em igualdade pela atenção dos internautas. E se por um lado os investimentos nas redes sociais aumentam nesse período, por outro, com a concorrência mais acirrada por audiência, o custo dos anúncios digitais aumenta 1.065% no período eleitoral, segundo o consultor de anúncios digitais Gustavo Coelho.

De acordo com o especialista, a grande demanda de campanhas por parte de partidos políticos torna o leilão de anúncios nas redes sociais mais competitivo e, consequentemente, o custo por clique mais caro para outros anunciantes. O custo por clique nas redes sociais é determinado por uma espécie de leilão que é medido pelo CPM (Custo por mil visualizações).

Cada público tem o seu próprio CPM que é definido pela quantidade de concorrentes que anunciam para um mesmo público. “Os partidos políticos investem altas quantias em anúncios no Facebook e Instagram, e como eles anunciam para um público muito amplo (maiores de 18 anos), afetam todas as camadas do leilão, aumentando assim o CPM de todos os públicos e consequentemente o custo por clique. Quando a política entra, como eles colocam muito dinheiro, o anúncio fica mais caro para todo mundo”, explica o especialista.

Segundo pesquisas recentes de empresas como AdEspresso e WordStream, o custo médio para anunciar no Facebook e no Instagram, gira entre R$ 2,00 a R$ 12,00 por semana. Mas pelas análises do consultor Gustavo Coelho, os cliques para públicos similares aos escolhidos por partidos políticos, aumentam 1.065% nessa época do ano. “É aquele velho ditado da lei da oferta e procura. Se muitas marcas e empresas estão em busca da sua audiência, a concorrência vai determinar o preço por quem pagar mais”, comenta Coelho.

Sobre Gustavo Coelho:

Há 16 anos especializado em tráfego pago, Gustavo Coelho é uma das maiores referências do assunto no Brasil. Já ganhou, inclusive, destaque do próprio Google Brasil por suas performances de anúncios na plataforma. Hoje, atua como consultor de anúncios pagos para grandes empresas e palestrante. Além disso, está à frente de cursos on-line e mentorias para mais de 4 mil brasileiros que atuam como profissionais liberais, autônomos e pequenas e médias empresas e que buscam nos anúncios digitais a chance de captar mais clientes e promover seus negócios.

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