Criminosos usam drone e lançam bolinhas de drogas para abastecer presídio
O Singeperon, sindicato que representa os policiais penais em Rondônia, destaca que, com toda a perspicácia e engenharia dos criminosos, as tentativas de abastecer os presídios com drogas vêm sendo frustradas pela ação dos policiais
O muro de 5 metros de altura e a cobertura de tela nos pavilhões da Penitenciária Agenor Martins de Carvalho, em Ji-paraná, não são empecilhos para as investidas constantes dos criminosos, que lançam drogas e celulares para o interior da unidade, para abastecer usuários e traficantes internos.
Para vencer as barreiras, os entregadores das encomendas ilícitas utilizam estratégias: embrulham as drogas em formato de bolinhas, o que facilita o lançamento e, dessa forma, infiltram facilmente entre as brechas das telas de cobertura. Como aconteceu na última terça-feira (3), quando os policiais penais de plantão interceptaram uma acentuada quantidade dessas bolinhas, totalizando 850 gramas de maconha e 100 gramas de cocaína, além de dois celulares.
“Essas ocorrências são constantes. E os bandidos usam até estilingue para lançar a droga sobre o muro. E agora, recente, usaram até drone”, revelou o policial penal Eliseu Segatto, citando o episódio ocorrida na semana passada, dia 29, quando a Polícia Penitenciária abateu um drone que sobrevoava o espaço aéreo do presídio de Ji-Paraná. No aparelho foram encontrados dois celulares e cerca de 150 gramas de maconha.
O Singeperon, sindicato que representa os policiais penais em Rondônia, destaca que, com toda a perspicácia e engenharia dos criminosos, as tentativas de abastecer os presídios com drogas vêm sendo frustradas pela ação dos policiais. “Essas intercepções de drogas são rotina na unidade de Ji-Paraná, como em outras unidades do estado, embora poucas vezes são divulgadas na imprensa”, disse a presidente Daihane Gomes.
A representante ainda faz observações sobre situações que facilitam a movimentação dos traficantes. “A cobertura de tela precisa ser trocada com urgência. A do pavilhão B (do presídio de Ji-Paraná), por exemplo, não é adequada, a tela tem que ter micros espaços, para impedir a passagem dessas bolinhas de drogas para o interior do presídio. É necessário também a colocação de tela para elevar a altura do muro”, observou Daihane.
Presídio na estrada
Outra situação, é que o muro do presídio Agenor de Carvalho fica ao lado da via pública, estrada de passagem de veículos. Com isso, o acesso ao muro para o lançamento de drogas fica rápido e fácil para os criminosos. Por outro lado, dificulta a ação dos policiais penais nas situações de perseguição. A unidade, construída há 30 anos, numa área rural, apresenta falhas de planejamento.
Com o trânsito constante de veículos na estrada, próximo ao muro, quando homens se aproximam, geralmente de moto, e lançam a droga, acaba sendo uma ação de surpresa, muito rápida. “Até pegar a viatura, os meliantes já arrancam à uma distância de 1.500 a 2 mil metros. E a velocidade que tem que ser empreendida na tentativa de alcançá-los, acaba colocando em risco a vida dos policiais penais”, destacou Eliseu Segatto.
Voltando ao caso das 850 gramas de maconha interceptadas em formato de bolinhas na terça-feira, ainda foi informado que a ação dos policiais penais também envolveu perseguição. O “risco à vida” dos servidores, como disse o policial Eliseu, foi evidente nessa caçada aos criminosos. A viatura capotou numa das curvas da estrada acidentada. Três policiais penais estavam no interior do veículo. Eles contaram com um milagre para saírem ilesos, com leves ferimentos.
Polícia Rodoviária Federal alerta sobre golpe de clonagem do Whatsapp
Habilitação do 2o fator de segurança dificulta a ação de golpistas. Procedimento é simples e leva menos de 1 minuto para ser efetuado
Polícia Federal prende homens com ouro e diamantes em Rondônia
Com eles foram encontrados, além dos produtos minerais, petrechos que seriam empregados na comercialização ilícita destes produtos
Polícia Civil investiga vereador suspeito de desvio em combustível
São cumpridos 13 mandados de busca em endereços ligados ao político
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook