Dados da Agevisa revelam casos de leishmaniose em todos os municípios de Rondônia

A leishmaniose tegumentar, única presente em Rondônia, é uma das infecções dermatológicas que merece mais atenção, devido a sua magnitude, pelo risco de ocorrência de deformidade que pode produzir no ser humano.

Texto: Marilza Rocha Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 19 de fevereiro de 2018 às 13:14
Dados da Agevisa revelam casos de leishmaniose em todos os municípios de Rondônia

A leishmaniose tegumentar, única presente em Rondônia, é uma das infecções dermatológicas que merece mais atenção, devido a sua magnitude, pelo risco de ocorrência de deformidade que pode produzir no ser humano. Segundo dados da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), a leishmaniose está presente nos 52 municípios do estado e foram confirmados de 2013 a 2017 5.741 casos, sendo a maior incidência da doença nos municípios de Porto Velho, com 699 casos; Pimenta Bueno, com 283; Espigão do Oeste, 278; Cacoal, 247; e Ariquemes, com 257 casos.

A leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), constitui um problema de saúde pública em 88 países, distribuídos em quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia), com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos.

O médico veterinário Cesarino Júnior Lima Aprígio, gerente técnico de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Agevisa, explicou que no estado só existem casos da Leishmaniose tegumentar, que ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos. “São insetos pequenos, menor que o muriçoca e quando picam as pessoas os sintomas são as feridas na pele que se localizam nas partes descobertas do corpo e que não saram com nenhum remédio”, destacou.

Segundo ele, o ciclo de transmissão demora em média de duas semanas até dois meses depois da picada do flebotomíneo. “A pessoa para se prevenir da doença o ideal é usar repelentes, roupas de manga comprida, sapato fechado, calça, chapéu com abas, manter os animais longe das residências e não esquecer a colocação de telas nas casas” recomendou o médico veterinário da Agevisa, acrescentando que o diagnóstico da doença é feito através de exame clínico, realizado nos postos de saúde dos municípios, com resultado apresentado no mesmo dia, sendo o tratamento e os remédios todos da rede pública.

Com relação à doença o foco do trabalho dos técnicos da Agevisa é a capacitação de enfermeiros e técnicos de vigilância em saúde dos municípios, a supervisão das ações rotineiras, investigação de casos e as ações de educação e saúde, que são voltadas para orientação da população.

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