Delegada que investigou homem forte do governador na Casa Civil foi removida do cargo; diretor da Polícia Civil acabou exonerado

O inquérito policial nº 014/2021/DRACO foi concluído e relatado no dia 06 de junho pela delegada Simone Barbieri, da então 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco)

Fonte: Felipe Corona/RADAR RONDÔNIA - Publicada em 16 de junho de 2025 às 10:13

Delegada que investigou homem forte do governador na Casa Civil foi removida do cargo; diretor da Polícia Civil acabou exonerado

A gestão estadual de Rondônia enfrenta uma grave crise após o indiciamento de Elias Rezende, atual secretário-chefe da Casa Civil, em um inquérito que apura crimes como fraude em licitação e associação criminosa.

Rezende, conhecido por assessorar estrategicamente o governador Marcos Rocha (União Brasil), está no centro de um esquema envolvendo a contratação de uma empresa para digitalização de documentos, em um contrato que ultrapassa 2 milhões de reais.

Detalhes da investigação

O inquérito policial nº 014/2021/DRACO foi concluído e relatado no dia 06 de junho pela delegada Simone Barbieri, da então 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

A investigação identificou indícios de favorecimento à empresa contratada e trouxe à tona evidências preocupantes, como um cheque de R$ 150 mil encontrado em posse de um dos envolvidos durante uma busca realizada pela Polícia Civil em um hotel. O cheque, emitido por um familiar próximo de um político de extrema-direita local, reforça as conexões suspeitas no esquema.

No mesmo dia em que o relatório foi finalizado, o governador Marcos Rocha (União Brasil) exonerou o então diretor-geral da Polícia Civil, delegado Samir Fouad Abboud, substituindo-o pelo delegado Jeremias Mendes de Souza. Três dias depois, Jeremias afastou a delegada Simone Barbieri da Draco, decisão que gerou suspeitas de interferência política na condução do caso.

A delegada Barbieri, reconhecida por sua atuação rigorosa contra corrupção, conseguiu encaminhar o relatório para o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria-Geral do Estado (CGE) antes de ser afastada. Contudo, o episódio levantou questionamentos sobre possíveis tentativas de abafamento das investigações.

As suspeitas de censura também se intensificaram após relatos de que veículos de comunicação que publicaram críticas ao chefe da Casa Civil foram pressionados a retirar matérias do ar. A situação expõe um cenário de suposto controle político sobre a narrativa pública do caso.

O escândalo ameaça a credibilidade da gestão de Marcos Rocha, cujo discurso sempre esteve pautado em valores cristãos e ética na administração pública. A manutenção de Elias Rezende no cargo pode minar ainda mais a confiança da população e prejudicar o futuro político do governador, além de abrir espaço para questionamentos sobre sua capacidade de liderança e controle da equipe.

Com mais de 1 mil páginas de documentação no inquérito, incluindo provas e depoimentos, o caso de Elias Rezende revela um esquema que pode ter ramificações profundas no governo estadual. O Ministério Público e o Judiciário são agora os grandes responsáveis por dar respostas claras à sociedade rondoniense.

A expectativa é que medidas sejam tomadas rapidamente para garantir que a justiça prevaleça e que casos de corrupção sejam enfrentados com seriedade e transparência.

Delegada que investigou homem forte do governador na Casa Civil foi removida do cargo; diretor da Polícia Civil acabou exonerado

O inquérito policial nº 014/2021/DRACO foi concluído e relatado no dia 06 de junho pela delegada Simone Barbieri, da então 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco)

Felipe Corona/RADAR RONDÔNIA
Publicada em 16 de junho de 2025 às 10:13
Delegada que investigou homem forte do governador na Casa Civil foi removida do cargo; diretor da Polícia Civil acabou exonerado

A gestão estadual de Rondônia enfrenta uma grave crise após o indiciamento de Elias Rezende, atual secretário-chefe da Casa Civil, em um inquérito que apura crimes como fraude em licitação e associação criminosa.

Rezende, conhecido por assessorar estrategicamente o governador Marcos Rocha (União Brasil), está no centro de um esquema envolvendo a contratação de uma empresa para digitalização de documentos, em um contrato que ultrapassa 2 milhões de reais.

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Detalhes da investigação

O inquérito policial nº 014/2021/DRACO foi concluído e relatado no dia 06 de junho pela delegada Simone Barbieri, da então 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

A investigação identificou indícios de favorecimento à empresa contratada e trouxe à tona evidências preocupantes, como um cheque de R$ 150 mil encontrado em posse de um dos envolvidos durante uma busca realizada pela Polícia Civil em um hotel. O cheque, emitido por um familiar próximo de um político de extrema-direita local, reforça as conexões suspeitas no esquema.

No mesmo dia em que o relatório foi finalizado, o governador Marcos Rocha (União Brasil) exonerou o então diretor-geral da Polícia Civil, delegado Samir Fouad Abboud, substituindo-o pelo delegado Jeremias Mendes de Souza. Três dias depois, Jeremias afastou a delegada Simone Barbieri da Draco, decisão que gerou suspeitas de interferência política na condução do caso.

A delegada Barbieri, reconhecida por sua atuação rigorosa contra corrupção, conseguiu encaminhar o relatório para o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria-Geral do Estado (CGE) antes de ser afastada. Contudo, o episódio levantou questionamentos sobre possíveis tentativas de abafamento das investigações.

As suspeitas de censura também se intensificaram após relatos de que veículos de comunicação que publicaram críticas ao chefe da Casa Civil foram pressionados a retirar matérias do ar. A situação expõe um cenário de suposto controle político sobre a narrativa pública do caso.

O escândalo ameaça a credibilidade da gestão de Marcos Rocha, cujo discurso sempre esteve pautado em valores cristãos e ética na administração pública. A manutenção de Elias Rezende no cargo pode minar ainda mais a confiança da população e prejudicar o futuro político do governador, além de abrir espaço para questionamentos sobre sua capacidade de liderança e controle da equipe.

Com mais de 1 mil páginas de documentação no inquérito, incluindo provas e depoimentos, o caso de Elias Rezende revela um esquema que pode ter ramificações profundas no governo estadual. O Ministério Público e o Judiciário são agora os grandes responsáveis por dar respostas claras à sociedade rondoniense.

A expectativa é que medidas sejam tomadas rapidamente para garantir que a justiça prevaleça e que casos de corrupção sejam enfrentados com seriedade e transparência.

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