Denúncias sobre a piscicultura de Rondônia são infundadas, afirma associação

Desde o início da atividade piscicultora, os produtores rurais são fiscalizados pela Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sedam), instituição responsável pelos licenciamentos ambientais das propriedades.

Luiz Martins
Publicada em 13 de maio de 2019 às 10:03

Diante da denúncia de um grupo de veterinários, levantando a suspeita da qualidade do pescado produzido no Estado, a Associação de Criadores de Peixes de Rondônia (ACRIPAR) esclarece que todas as etapas da produção são acompanhadas pelos órgãos de fiscalização do Governo do Estado, garantindo a qualidade desta proteína.

Desde o início da atividade piscicultora, os produtores rurais são fiscalizados pela Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sedam), instituição responsável pelos licenciamentos ambientais das propriedades.

A Agência de Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) também fiscaliza as pisciculturas do Estado, monitorando a presença de zoonoses, acompanhando o transporte dos peixes abatidos através da Guia de Transporte Animal (GTA) documento obrigatório.

CONSERVAÇÃO

Estudos realizados com peixes da espécie Tambaqui na Embrapa Meio Norte demonstraram que os animais permanecem em bom estado de consumo por 22 dias, conservados inteiros apenas no gelo.

O estudo foi apresentado por Marcio Silva para uma banca de doutores de universidades federais e institutos federais de educação para mostrar o tempo de conservação do Tambaqui apenas no gelo e nas prateleiras dos supermercados.

Nestes 22 dias, o Tambaqui foi monitorado e não apresentou alteração significativa em seu pH e nem nas bactérias Pseudomonas e Enterobactérias, ficando dentro dos padrões exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o seu consumo, desde que conservado na proporção de 1 kg de gelo para cada 1 kg de peixe.

O presidente da ACRIPAR, Francisco Hidalgo Farina, esclarece que os procedimentos apontados pelo estudo desenvolvido nos laboratórios da Embrapa Meio Norte são adotados pelos piscicultores de Rondônia, bem como todas as boas práticas de manejo e produção, sem o conhecimento de qualquer zoonose que possa ser transmitida ao consumidor.

CONCLUSÃO

Diante da suspeição do peixe produzido em Rondônia, a ACRIPAR esclarece que tais ilações não passam de uma tentativa desesperada e uma tática comercial perversa para desvalorizar uma cadeia produtiva que está em franco desenvolvimento, chegando a movimentar cerca de R$ 500 milhões de reais em 2018.

A ACRIPAR também esclarece que este é o momento de intensificar a fiscalização para identificar e orientar, com vistas à melhorias, os produtores rurais que porventura insistam em práticas não recomendadas para a produção desta proteína saudável e cada vez mais exigida pelo mercado e consumidores.

Farina acredita no potencial da piscicultura de Rondônia e sua expansão, fortalecendo o desenvolvimento econômico sustentável juntamente com a preservação do meio ambiente. 

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