Deputado de RO usa emenda feita por lobista da Meta para afrouxar lei de proteção infantil na internet

Segundo o Intercept Brasil, Fernando Máximo apresentou proposta elaborada por executivo da big tech para reduzir responsabilidades de plataformas no PL 2628

Fonte: Tudorondonia - Publicada em 14 de agosto de 2025 às 16:42

Deputado de RO usa emenda feita por lobista da Meta para afrouxar lei de proteção infantil na internet

O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-RO) apresentou à Câmara dos Deputados uma emenda ao Projeto de Lei 2628/2022 que foi redigida por Marconi Borges Machado, gerente de políticas públicas da Meta no Brasil. A informação foi revelada pelo Intercept Brasil, que identificou, por meio de metadados, que duas das quatro emendas de Máximo foram elaboradas pelo executivo da big tech.

As propostas buscavam excluir a exigência de relatórios semestrais sobre moderação de conteúdo e retirar multas e sanções criminais contra plataformas digitais. O PL 2628, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), prevê medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, incluindo restrições de coleta de dados, combate à exploração sexual e bullying online.

Aprovado no Senado em 2024, o texto original previa o “dever de cuidado” das empresas — obrigação de adotar ações ativas de proteção. Na Câmara, o dispositivo foi retirado a pedido de empresas como Google e Meta, conforme registro do relator, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), sendo substituído por deveres mais genéricos de prevenção e proteção, transferindo maior responsabilidade para usuários e famílias.

Segundo o Intercept, a flexibilização contou com atuação de parlamentares ligados à direita e extrema direita, que apresentaram 38 emendas ao texto. Entre eles, Marcel Van Hattem (Novo-RS), Mário Frias (PL-SP) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) sugeriram mudanças que reduzem as obrigações das plataformas.

O projeto pode ser votado ainda em agosto, em meio à repercussão do vídeo “Adultização”, do influenciador Felca, que expôs redes de sexualização infantil em plataformas digitais. Mais de 200 entidades de defesa da infância apoiam a aprovação do PL em regime de urgência.

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Deputado de RO usa emenda feita por lobista da Meta para afrouxar lei de proteção infantil na internet

Segundo o Intercept Brasil, Fernando Máximo apresentou proposta elaborada por executivo da big tech para reduzir responsabilidades de plataformas no PL 2628

Tudorondonia
Publicada em 14 de agosto de 2025 às 16:42
Deputado de RO usa emenda feita por lobista da Meta para afrouxar lei de proteção infantil na internet

O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-RO) apresentou à Câmara dos Deputados uma emenda ao Projeto de Lei 2628/2022 que foi redigida por Marconi Borges Machado, gerente de políticas públicas da Meta no Brasil. A informação foi revelada pelo Intercept Brasil, que identificou, por meio de metadados, que duas das quatro emendas de Máximo foram elaboradas pelo executivo da big tech.

As propostas buscavam excluir a exigência de relatórios semestrais sobre moderação de conteúdo e retirar multas e sanções criminais contra plataformas digitais. O PL 2628, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), prevê medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, incluindo restrições de coleta de dados, combate à exploração sexual e bullying online.

Aprovado no Senado em 2024, o texto original previa o “dever de cuidado” das empresas — obrigação de adotar ações ativas de proteção. Na Câmara, o dispositivo foi retirado a pedido de empresas como Google e Meta, conforme registro do relator, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), sendo substituído por deveres mais genéricos de prevenção e proteção, transferindo maior responsabilidade para usuários e famílias.

Segundo o Intercept, a flexibilização contou com atuação de parlamentares ligados à direita e extrema direita, que apresentaram 38 emendas ao texto. Entre eles, Marcel Van Hattem (Novo-RS), Mário Frias (PL-SP) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) sugeriram mudanças que reduzem as obrigações das plataformas.

O projeto pode ser votado ainda em agosto, em meio à repercussão do vídeo “Adultização”, do influenciador Felca, que expôs redes de sexualização infantil em plataformas digitais. Mais de 200 entidades de defesa da infância apoiam a aprovação do PL em regime de urgência.

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Comentários

  • 1
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    CARLSON LIMA 15/08/2025

    CRISTÃO ou CRISCÃO? É com você leitor (a).

  • 2
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    Mariana 15/08/2025

    Coisa mais asquerosa este comportamento, muita hipocrisia...sempre falando em valores cristãos e no fundo trabalhando contra tudo que defende!

  • 3
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    Kleyton Ayala 15/08/2025

    Bela foto que adorna o início da matéria: O Boso (preso e inelegível) e o Máximo, inimigo do povo e adorador dos ricos. Põe um pano na cabeça, par ninguém sentir o mau cheiro que emana de seu cérebro vazio.

  • 4
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    Leonardo Mascarenhas 15/08/2025

    Comentarista Antônio Carlos: Caso você seja apoiador do "Fernando Mínimo", tudo bem. Mas fique calado, pois apoiar um farsante desses, demonstra total ausência de cérebro... Os rondonienses precisam arquivar esse deputado federal no sexto arquivo, assim que houver novo pleito. Lixo deve ir para o Lixão.

  • 5
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    Denilton 15/08/2025

    A hipocrisia caminha lado a lado com os crentes !

  • 6
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    João 15/08/2025

    Esses são os tais Deus, pátria e família. O Deus deles é o capeta. Interesseiros, exploradores da fé alheia. Um dia serão julgados pelo próprio Deus e lançados no inferno. O povo precisa aprender a não se curvar para esses crápulas, traidores da pátria.

  • 7
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    Inácio Azevedo da Silva 15/08/2025

    O que lembro desse Deputado: Como Secretário de Saúde ficava distribuindo o Kit Cloroquina no auge da pandemia do COVID19; segundo noticias vinculadas, comprou um hospital por 11 ou 12 milhões e gastou mais de 2 milhões para "adequar" ao atendimento dos afetados pelo COVID19; votou favorável ao "projeto da devastação"; foi contra o marco temporal que garantia direitos aos nativos indígenas; contra o programa "Pé de Meia" que garante 200 reais por mês como motivação que evita evasão escolar; votou favorável ao aumento da energia elétrica para os consumidores finais, ao aprovar o "jabuti" que obrigava o governo comprar energia das termoelétricas que já tiveram seus investimentos remunerados a décadas; defende pautas discriminatórias, racistas, excludentes de minorias; é contra a taxação das grandes fortunas; tá no time que segura o projeto de isenção de IRRF para quem ganha até 5.000 reais; defende maior isenção para o setor do agro; defende a retirada de recursos do orçamento de áreas como saúde, educação e programas sociais, para destiná-los às emendas PIX sem transparência, e agora, num projeto de extrema importância para regulamentar das redes sociais, apresenta emendas que, segundo matérias vinculadas, foram feitas por lobistas da plataforma META. Parece que quer ser Governador do Estado de Rondônia. Será que com todo esse histórico ainda se elege?

  • 8
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    Simone 15/08/2025

    Meu Deus como um sujeito desse trabalha contra o povo . Que político horrível .   Trabalhando , beneficiando  e livrando as big tech de punição. Que lamentável.

  • 9
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    . 15/08/2025

    Kd o comentário que fiz sobre esse assunto? ... Já vai perder a credibilidade essa pagina.!

  • 10
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    Antonio Carlos Cruz Veiga 14/08/2025

    Começou, foi só anunciarem alguém da direita pra governo, que os "especialistas" começam a aparecer.

  • 11
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    Maria das Dores 14/08/2025

    É um tiro no pé desses extremistas, esse apoio dado aos estupradores e aliciadores de menores nas redes sociais e canais de internet, e não só no mundo virtual, esses ataques são bem nítidos, nessas famílias conservadores de moral e bons costumes. Já que essas famílias de bons costumes fazem atrocidades, mas negam e escondem tudo, o sofrimento familiar e abusos que sofrem, só para passar a ideia de coisa certa e família de moral. Mas, Deus sabe o que muitas mulheres e crianças e jovens passam na mão desses abusadores de merda, que se escondem atrás de uma religião.

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