Deputado Dr. Neidson destaca precariedade na Saúde e cita demora na realização de cirurgias ortopédicas
Parlamentar também cita risco de o Estado perder oportunidade equipe de cirurgiões do México vir a Rondônia para cirurgias de lábios leporinos e fendas palatinas
Durante a sessão ordinária plenária desta terça-feira (26), o deputado Dr. Neidson (PMN), comentou e agradeceu ao secretário de Finanças do Estado, Luís Fernando Pereira, por ter participado de uma reunião na Associação Comercial de Guajará-mirim, na última semana e ouvido os apelos dos comerciantes locais.
O parlamentar informou que o secretário se colocou à disposição para atender os anseios dos comerciantes, principalmente no que tange ao atendimento da Sefim, em sistema de plantão, durante sábados e domingos, por 12 horas diárias.
O parlamentar também abordou o tema saúde pública e afirmou que trata-se de uma situação que “ainda se encontra precária”.
“Principalmente a questão da realização de cirurgias. O decreto do Estado já liberou, praticamente, todas as atividades, obviamente mediante a imunização de grande parte da população, inclusive, recebemos o coronel Gilvander Gregório, da Agevisa, que, infelizmente, nos informou a relutância das pessoas tomarem a segunda dose da vacina Coronavac. Segundo ele, o estoque chega a quase 200 mil doses e a Agevisa está estudando uma forma para que as pessoas possam aderir a essa imunização”, relatou o parlamentar.
Ainda de acordo com o deputado, com a liberação do decreto, o número de acidentes aumentou de forma considerável, principalmente, acidente de trânsito que teve reflexo nos atendimentos na área de ortopedia no estado.
“E hoje temos o Hospital João Paulo II, superlotado, com cirurgias que demoram por falta de resolver o problema em questão. Em uma entrevista, fui questionado por essa demora, pelas filas de espera para a realização dessas cirurgias de urgência, emergência e eletivas, eu apenas disse que o Estado precisa sanar os problemas que nós temos na saúde de Rondônia. Há cerca de 40 dias, um senhor de Guajará-Mirim está internado no Hospital de Base aguardando uma cirurgia, ou seja, é uma demora que chega a ser desumana”, argumentou Neidson.
Em um encontro com o secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo, o deputado disse ter questionado a autoridade sobre o que o Governo pretendia fazer sobre a superlotação do Hospital JPII.
“E ele me respondeu que nada. E disse que todos os leitos particulares que o Estado conseguiu contratar já estão ocupados, assim, como o hospital está lotado. No entanto, eu acredito que a Sesau deveria tentar realizar outro mutirão de cirurgias, principalmente, ortopédicas. As cirurgias eletivas também são muito necessárias, mas o motivo principal da superlotação dos hospitais estaduais é a área de ortopedia. O Estado, a Sesau, precisam pensar nessa situação e encontrar uma solução o mais breve possível”, enfatizou o deputado.
Dr. Neidson também informou que o secretário Fernando Máximo confirmou que o Governo realizará algumas cirurgias ele no Hospital Regina Pacis.
“E diante dessa afirmativa, eu peço ao secretário que as cirurgias ortopédicas também possam ser incluídas neste cronograma”, ressaltou Dr. Neidson.
O parlamentar destacou outra situação que, segundo ele, “o deixa muito preocupado”.
“Hoje recebemos a visita de membros da Associação de Fissurados de Rondônia, a Asfir, que trabalha em conjunto com a Operação Sorriso, realizando cirurgias de lábios leporinos e fenda palatina. O fato é que, o Estado realiza, atualmente, quatro cirurgias dessa complexidade por mês, um total de 48 intervenções por ano. O problema é que, a equipe que se desloca para Rondônia realizar esses procedimentos, já tem uma programação para realizar 30 cirurgias em dezembro e mais 30 em março. O que sabemos é que já existe uma liberação, após uma vistoria técnica de um biomédico da Operação Sorriso, para que tais cirurgias sejam realizadas no Hospital Santa Marcelina, mas, infelizmente, o Governo não quer liberar as Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) porque quer que as cirurgias sejam feitas no hospital de campanha, ou seja, no Regina Pacis”, contou Dr. Neidson.
O deputado explicou que, para que isso aconteça, o biomédico da Operação Sorriso, vindo do México, precisa vir a Rondônia realizar a vistoria do Hospital Regina Pacis e liberar a autorização para os procedimentos cirúrgicos.
“Enquanto o Hospital Santa Marcelina já possui essa liberação por meio dessa vistoria. Aliás, o Santa Marcelina oferece a estadia para os acompanhantes dos pacientes. Ou seja, se o Governo não liberar essas AIHs, provavelmente o estado não receberá essa equipe médica de cirurgiões plásticos para a realização das cirurgias. Fiquei sabendo dessa situação hoje e vamos conversar com o secretário da Sesau, se possível, com a Casa Civil também, para tentarmos resolver mais esse problema”, concluiu o deputado Dr. Neidson.
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