Deputados federais de Rondônia reeleitos devem receber “auxílio-mudança”; Sílvia Cristina abre mão da mordomia

E, acredite se quiser, mas a mordomia se estende também para parlamentares que foram reeleitos, os quais neste caso recebem duas parcelas do auxílio, correspondendo ao fim do mandato anterior e início do atual

ALÔ RONDÔNIA
Publicada em 24 de fevereiro de 2023 às 00:46
Deputados federais de Rondônia reeleitos devem receber “auxílio-mudança”; Sílvia Cristina abre mão da mordomia

Porto Velho, Rondônia – Entre os muitos penduricalhos que parlamentares agregam ao próprio salário um dos mais infames se chama “auxílio-mudança”, e se trata de subsídio percebido no início e no final de mandatos à título de verba para levar seus molambos até a capital federal e depois que concluírem o período para o qual foram eleitos retornar aos seus locais de origem.

E, acredite se quiser, mas a mordomia se estende também para parlamentares que foram reeleitos, os quais neste caso recebem duas parcelas do auxílio, correspondendo ao fim do mandato anterior e início do atual. Da bancada rondoniense, onde houve três reeleitos, apenas a deputada Sílvia Cristina (PL) afirmou que vai abrir mão da regalia.

O mimo corresponde ao valor de um salário base, hoje estabelecido em cerca de R$ 39,5 mil, e recebendo duas vezes ao longo do mandato isso corresponde a R$ 79 mil só para carregar as tralhas de um lado para o outro.

Até aí, tudo de mais, posto que tal montante equivale a muito mais do que a maioria dos brasileiros que ganham salários baixos tem dentro de casa, porém a avidez da classe política por verbas pública é insaciável.

Então, o benefício que pela lógica deveria ser apenas de quem está chegando ao Congresso Nacional para exercer mandato ou aos que não conseguiram se manter no cargo na verdade é pago a todos os parlamentares da Câmara Federal e do Senado, o que inclui os reeleitos e até mesmo quem mora em Brasília e representa nos Parlamentos o Distrito Federal.

Em tese, essa gente não deveria ser beneficiada com o auxílio, posto que já estavam na capital federal no início da legislatura, pois foram reeleitos, e não estão de malas prontas para retornar aos seus estados, pelo mesmo motivo.

Apesar disso, cerca de 280 deputados federais e cinco senadores reeleitos embolsam esse mês junto com o salário não uma, mas duas parcelas do tal auxílio: eles ganham uma pelo mandato que terminou e outra pelo que está começando. O preço dessa afronta ao contribuinte brasileiro será de 40 milhões de reais.

E temos na bancada rondoniense três deputados federais reeleitos que estão aptos a receber os quase “oitenta paus” a mais no contracheque: Lúcio Mosquini (MDB) e Coronel Chrisostomo (PL) e Sílvia Cristina (PL).

A reportagem do ALÔ RONDÔNIA enviou mensagem de áudio aos três deputados na quinta-feira 23 perguntando se abririam mão de receber o duvidoso benefício, porém não obteve resposta alguma de Mosquini e de Chrisóstomo, apesar de estar confirmado que pelo menos um deles ouviu a mensagem.

Como quem cala consente, é de se deduzir então que os deputados reeleitos pelo nosso Estado deverão embolsar o dinheiro, algo que, é bom frisar, trata-se um direito deles, porém um escárnio ao dinheiro do trabalhador cujos impostos custeiam essa e tantas outras farras.

Por outro lado, a deputada Sílvia Cristina respondeu de pronto a indagação, afirmando que não se considera no direito de se fartar com dinheiro público uma vez que já está ocupando um apartamento funcional há quatro anos, e não precisa de dinheiro para fazer mudança, até porque não irá mudar. 


 


 

Comentários

  • 1
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    edgard alves feitosa 25/02/2023

    Cidadãos, tudo está corretíssimo........É A LEGALIZAÇÃO E A HOMOLOGAÇÃO DO ROUBO....TUDO DENTRO DA LEI...TUDO DENTRO DAS QUATRO LINHAS......NÃO VERÁS NENHUM OUTRO PAIS COMO ESTE....QUE DEUS NOS PROTEJA DOS PATRIOTAS!!!!!

  • 2
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    Marcos Britto 24/02/2023

    Os Imorais, o filme

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