Dezembro Vermelho é o mês que conscientiza sobre tratamento e prevenção ao HIV/Aids
De acordo com os dados do Serviço de Assistência (SAE) e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Policlínica Oswaldo Cruz, estão cadastrados 1.249 pacientes, desses 580 são ativos no programa
Abertura do Dezembro Vermelho
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), através da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), realiza diversas ações para sensibilizar a população sobre a prevenção e o tratamento precoce contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A mobilização nacional denominada Dezembro Vermelho foi escolhida pelo Ministério da Saúde em razão do Dia Mundial contra a Aids, celebrado no mundo inteiro em 1º de dezembro.
“A Aids é uma doença sexualmente transmissível, sendo que a maioria da transmissão é por relação sexual desprotegida; também pode ser transmitida da mãe com HIV para o feto, doença que pode ser combatida se a mãe fizer o tratamento e o pré-natal corretamente, diminuindo consideravelmente a transmissão para o bebê; e também através de drogas injetáveis, ou transfusão de sangue, sendo que atualmente está controlada por conta dos hemocentros que fazem uma triagem muito rigorosa no sangue, então grande maioria de transmissão é por conta da relação sexual não segura”, explicou a infectologista Stella Ângela Tarallo Zimmerli.
De acordo com os dados do Serviço de Assistência (SAE) e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Policlínica Oswaldo Cruz, estão cadastrados 1.249 pacientes, desses 580 são ativos no programa.
DADOS
No ano de 2018, foram registrados no Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) 45 mortes, 1.832 pessoas passaram pelo ambulatório, e 357 internações. Segundo dados epidemiológicos da Sesau. Já ao longo de 2019, até o mês de novembro, foram registradas 43 mortes, 330 internações e 1580 pacientes passaram pelo ambulatório.
Infectologista Stella Ângela Tarallo Zimmerli
Segundo a infectologista Stella Ângela Tarallo Zimmerli, e diretora do Cemetron, o perfil epidemiológico apresenta tendência de crescimento entre os mais jovens, principalmente os do sexo masculino. “Observa-se que, no início da década, os casos entre os jovens da faixa de 15 a 24 anos representavam cerca de 2% dos casos anuais e, atualmente, eles já representam cerca de 10%”, contabilizou.
Outra característica atual é o aumento da detecção dos casos de HIV e a redução dos casos de Aids, explicado pelo aumento da oferta de testagem na rede pública e pela detecção precoce das ocorrências, antes do adoecimento por Aids.
O Cemetron é o hospital de referência de doenças contagiosas, para onde são encaminhadas todas as pessoas que necessitam de atendimento hospitalar, no caso do HIV e Aids.
Normalmente os pacientes são encaminhados, sendo que grande maioria de pacientes internados chegam até a unidade porque estão com diagnostico recente, e apresentam um caso de doença oportunista. “O Cemetron tem o ambulatório de infectologia e tem o pronto atendimento, a nossa porta é aberta para pacientes que tem HIV. Então, qualquer paciente que tem HIV, que já faze acompanhamento no serviço especializado no município, se necessitar de atendimento pode vir direto”, disse Stella Zimmerli.
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