Do Fascismo à Corrupção

Pobre Brasil: com milhões de desempregados, sem vacinas e duas mil mortes diárias pela Covid, discute-se a ambição de dois inúteis

Professor Nazareno*/Foto: Crédito: REUTERS/Adriano Machado
Publicada em 12 de março de 2021 às 09:49
Do Fascismo à Corrupção

O ex-presidente Lula teve todas as suas condenações anuladas e a partir de agora está “elegível”. Ele não se enquadra mais na lei da ficha limpa e pode se candidatar a qualquer cargo político. Assim decidiu o STF numa decisão monocrática.  A Operação Lava-Jato, que apesar de ter recuperado dinheiro de muitos corruptos, foi uma farsa com cartas marcadas e não tinha nenhuma competência para julgá-lo, uma vez que os crimes atribuídos a ele não estavam restritos ao âmbito da Petrobras. Essa decisão joga o Brasil, de novo, numa polarização política sem precedentes entre a esquerda de Lula e do PT e a extrema-direita representada atualmente pelo presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores. Lula é inocente? Não! Mas como qualquer cidadão brasileiro, merecia um julgamento justo, sem conchavos jurídicos. Já Moro devia ser preso agora em seu lugar.

Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e todos aqueles que de “caso pensado e de propósito” usaram e achincalharam a Justiça do Brasil. Segundo relatos divulgados por hackers na “Operação Vaza-Jato”, houve um conluio do juiz e dos procuradores para condenar o petista e impedi-lo de ser candidato à presidência do país. Sérgio Moro ganhou o Ministério da Justiça e quase foi indicado a uma vaga de ministro no STF. No entanto, quem perdeu mesmo foi o Brasil e os brasileiros. Nós precisamos de alguém melhor do que LULA ou BOLSONARO. Um é um mentiroso que nada fez durante os oito anos à frente do governo. Roubou, deixou roubar, destruiu a Petrobras, instrumentalizou a corrupção, aliou-se à elite, quis se perpetuar no poder, não criou Educação de qualidade, nem acabou a pobreza como prometia cinicamente. 

Já o outro é acusado por muitos eleitores de ser fascista e um genocida sem escrúpulos, que faz escárnio com a morte de cidadãos brasileiros por causa da atual pandemia do Coronavírus. É negacionista e muito mal visto no mundo inteiro. Paira ainda sobre o “Mito”, segundo os seus críticos, a alcunha de burro, limitado, psicopata, misógino, grosso, desumano, preconceituoso e ignorante. Bolsonaro disse publicamente que “os órfãos dos mortos pela Covid-19 devem parar de ‘frescura e de mi mi mi’ e esquecer seus entes queridos mortos pelo vírus”. Como se vê, o atual presidente do Brasil é muito menor do que o cargo que ocupa e o nosso país não merece nenhum desses dois senhores na presidência. Mas para a infelicidade geral da nação, eles podem se enfrentar no próximo pleito e o martírio nacional se alongará por mais quatro anos.

Com o Bolsonaro reeleito, podemos ter o desmanche total da ciência, das pesquisas, das universidades, da educação e do conhecimento que ainda precariamente existem no país. O “Bozo”, para a alegria dos seus inúmeros seguidores, simboliza a terra plana, o negacionismo, a falta de princípios, o comportamento desumano, a falta de educação, a mansão de seis milhões de reais em Brasília, os militares nas repartições públicas, as “rachadinhas” e a volta à Idade Média e ao obscurantismo. Já o “Sapo Barbudo” pode, de novo, trazer uma Copa do Mundo e as Olimpíadas para cá. E “como não se faz Copa do Mundo com hospitais”, nenhum estabelecimento de Saúde seria construído. Só mais novos estádios e instalações olímpicas para alavancar ainda mais a roubalheira e a corrupção sem controle. Pobre Brasil: com milhões de desempregados, sem vacinas e duas mil mortes diárias pela Covid, discute-se a ambição de dois inúteis. 

*Foi Professor em Porto Velho.

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