Do velho grupo à modernidade, Escola Brasília orgulha Educação

Construída para abrigar alunos de famílias desalojadas pela cheia do Rio Madeira em 1976, hoje ela proporciona ensino em tempo integral, do qual foi pioneira. O Deputado Ribamar Araújo é um dos principais parceiros nas mudanças e transformações.

Francisco José do Nascimento Nascimento
Publicada em 05 de fevereiro de 2018 às 16:25
Do velho grupo à modernidade,  Escola Brasília orgulha Educação

Professoras Clarina, diretora, Isis Cuba, vice, entregam uma placa de homenagem ao deputado Ribamar Araújo

A reforma estrutural da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Tempo Integral Brasília, contagia a todos, porque é exemplo de tenacidade de professores e da sua direção”, disse nesta segunda-feira (5) o deputado estadual Ribamar Araújo ao participar da sua reinauguração.

Diante do governador Confúcio Moura, do secretário de educação Valdo Alves e outras autoridades, ele justificou a razão do apoio de deputados estaduais ao estabelecimento: “Além da reforma física, a empolgação de vocês é que faz a gente criar estímulo para continuar ajudando esta escola”, afirmou dirigindo-se à direção e ao corpo docente.

Atualmente com aproximadamente 420 alunos, a Brasília nasceu numa simples casa de madeira, construindo uma história sublime e ao mesmo tempo ousada.

Parceiro ativo e presente nas atividades ali desenvolvidas, Ribamar já almoçou no estabelecimento, participou dos Jogos Internos, e presenciou a criação do grêmio escolar e foi entrevistado na rádio escolar.

Discursando, Ribamar lembrou o exemplo da Escola Santa Marcelina, cujo padrão educacional é reconhecido pela população. “Pelo investimento, pela dedicação de seus professores e corpo técnico, a Brasília já tem condições de ter esse mesmo reconhecimento”.

Do provisório ao definitivo, a Brasília passou por diversas fases de agruras e alegrias. Se no passado ficou conhecida por abrigar alunos de famílias vítimas da enchente [governo Humberto Guedes], hoje se destaca pelo ensino em tempo integral.

Sensibilizada com a situação dos desabrigados, a primeira-dama Gilsa Auvray Guedes tomou a frente na construção do bairro Meu Pedacinho de Chão.

Sua equipe enfrentou diversos desafios. A escassez de água e energia elétrica desanimava as pessoas, mesmo a escola se situando próxima à usina termelétrica a diesel da Ceron, que abastecia a cidade então com cerca de cem mil habitantes.

A população aumentou e a construção da escola surgiu entre as prioridades. Dona Gilsa seguia na liderança da conquista do bem-estar dos moradores. Findo o governo, ela mudou-se para a Capital Federal, onde faleceu.

O governador Humberto Guedes assinava o Decreto-Lei nº 795 de 5/8/1976 criando o Grupo Escolar Brasília. Projetada e construída na Rua Salvador nº 320, na Comunidade Meu Pedacinho de Chão, bairro Embratel, a escola matriculou inicialmente 121 alunos e tinha apenas quatro professores que lecionavam para as quatro primeiras séries do antigo 1º grau.

Precisava ser uma escola “de verdade”. Em 25 de janeiro de 1978, já com instalações próprias, passou a ser frequentada pela juventude do bairro, alcançando a marca de 661 alunos.

Suas primeiras diretoras foram a própria dona Gilsa Guedes e a professora Raimunda Doroteia Pereira Rodrigues (vice).

Em 2000 passou à denominação de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brasília, pelo Decreto nº 9.227, de 3/10/2000, na gestão do governador José de Abreu Bianco, cuja secretária de educação foi a professora Sandra Maria Veloso Carrijo Marques; representante de ensino de Porto Velho, professora Deise Cardoso Neme; diretora, professora Marildes de Lima; vice, professora Maria Auxiliadora; e secretário, Valdevino Breves.

Nove anos depois, a professora Clarina Carneiro de Moraes assumia a direção e, em 2012 dividia os trabalhos com a professora Márcia Almeida dos Reis, ambas então eleitas pela Gestão Democrática para um mandato de três anos.

Em 2011, a escola deixava o prédio de origem para ser reformado e ampliado, mudando-se para o prédio da Faculdade Fatec, no bairro Industrial, onde permaneceria três anos e seis meses.

As obras de reforma no bairro Embratel prolongavam-se, devido a problemas contratuais entre governo e empreiteiras, e esse período foi talvez o maior desafio. Direção, supervisores, professores, alunos e familiares experimentavam o êxodo: todos seriam remanejados para a Escola Lydia Johnson de Macedo, “padrão MEC”, no bairro Costa e Silva, onde permaneceriam mais um ano e seis meses até a conclusão das obras.

Quem acompanhou, constatou o quanto penaram direção e alunos, para que desse certo a mudança, que implicou logística de transporte, sobretudo paciência na carga psicológica.

Em 2014, novamente por gestão democrática, a professora Salete Bergamaschi e a secretária Valéria Santos Sacramento assumiam para um mandato de dois anos. Em processo seletivo promovido pelo Instituto de Corresponsabilidade da Educação (ICE) assumia novamente o cargo a professora Clarina Carneiro Moraes, junto com a professora Cúbia Mendes Leandro da Silva.

ICE e Secretaria Estadual de Educação planejavam a partir daí o ensino em tempo integral.

Em 2017, a escola foi selecionada para ser pioneira no ensino integral, e assim precisou retornar ao prédio de origem, mesmo com obras inacabadas.

Para a direção, a síntese dessa epopeia se traduz na seguinte frase: “Houve dificuldades e desafios, mas a gestão nunca desacreditou que um dia realizaria o sonho de reinaugurar a escola, colhendo bons frutos. Somos a Escola do Novo Tempo Brasil.

Complexo desportivo

O deputado Ribamar Araújo entregou à professora Vanda Martins Borges, da Escola Brasília, cópia do ofício nº 021, ao governador Confúcio Moura, para autorizar a liberação de R$ 112,7 mil destinados à construção do complexo desportivo e de lazer daquele estabelecimento.

Esse volume de recursos complementa outra emenda anteriormente destinada à escolas, em 2017, com a mesma finalidade.

O complexo é formado por campo de futebol gramado, quadra aberta de cimento, quadra de areia para voleibol, e cobertura da academia. O investimento também contempla a construção de calha e encanamento de água; instalação de chuveiros externos; pergolato, gramado, arquibancadas, deck de madeira, jardineira para aulas de biologia. Parte da obra está concluída.

Ao receber o comunicado do parlamentar, a professora representava a diretora Clarina e a vice-diretora Isis Cuba.

Não havia documentação do terreno. Segundo a professora Vanda Borges, a obtenção da escritura pública possibilitou a busca de recursos via emendas parlamentares, e estas foram usadas nas áreas de esporte e lazer. “O deputado Ribamar, um dos primeiros a serem procurados, de imediato se prontificou a nos apoiar nos projetos, destinando emendas que já transformaram a escola, pondo fim ao mato e facilitando a convivência entre alunos e professores”, considera Vanda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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