Durante entrevista sobre Operação Carrossel, Hildon recusa-se a falar sobre Léo Moraes

Durante a entrevista, o prefeito reafirmou sua absoluta confiança na presidente da Comissão de Licitação, Patrícia Damico, que foi presa na manhã desta quarta pela PF

TUDORONDONIA
Publicada em 04 de setembro de 2019 às 17:47
Durante entrevista sobre Operação Carrossel, Hildon recusa-se a falar sobre Léo Moraes

O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) reuniu a imprensa na tarde desta quarta-feira, 04, para falar sobre a Operação Carrossel, desencadeada pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União durante a manhã e que resultou na prisão do ex-secretário municipal de Educação, César Licório, e da presidente da Comissão de Licitação do Município, Patrícia Damico do Nascimento Cruz, além de empresários do transporte escolar.

Hildon disse respeitar todas as instituições, mas, segundo ele, causa perplexidade – “é uma grande coincidência” – a operação ser realizada justamente no momento em que um deputado federal anuncia uma audiência pública para a próxima sexta-feira a fim de discutir o transporte escolar no município.

A audiência de sexta é organizada pelo deputado federal Léo Moraes (Podemos), que foi derrotado por Hildon na eleição e deverá disputar a Prefeitura daqui a nove meses.

Perguntado se desconfia que Léo Moraes esteja por trás de alguma trama política para desestabilizar sua administração, inclusive na questão do transporte escolar, Hildon disse que não iria comentar.

Durante a entrevista, o prefeito reafirmou sua absoluta confiança na presidente da Comissão de Licitação, Patrícia Damico, que foi presa na manhã desta quarta pela PF, e disse que ela realizou um serviço extraordinário na Prefeitura, economizando cerca de R$ 115 milhões em aquisições e serviços.

Ele disse que conheceu a assessora há dez anos no Ministério Público e que Patrícia passou outros dez anos prestando serviço no Tribunal de Contas. “A prisão dela é uma injustiça”, enfatizou o prefeito.

Ele também negou que haja qualquer prova sobre o recebimento de propina por algum assessor, cobrou agilidade dos órgãos investigativos e disse que quem tiver de ser preso por algum crime, que seja, mas que os processos envolvendo o transporte escolar não podem ser travados pelas investigações.

O prefeito lembrou ainda que herdou este problema, que se arrasta há doze anos, e que somente na sua administração recebeu a devida atenção.

“Quebramos o cartel das empresas que operam neste setor e denunciamos uma máfia, e isso incomoda”, acrescentou o prefeito.

Segundo o prefeito, existe uma verdadeira guerra empresarial por uma fatia de R$ 30 milhões de reais por ano. “Quando apertamos a fiscalização, veio a reação. As três empresas, com 140 ônibus, interromperam o serviço de uma vez, e de lá para cá nossa luta continua e deve continuar por um bom tempo até que este cartel seja desmantelado de vez e a situação normalizada”, concluiu o prefeito.

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