É preciso colocar pra fora os sabotadores do governo Lula
Políticos da direita golpista, defendem no interior do governo os interesses dos grandes capitalistas e sabotam política em favor dos trabalhadores
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, toma posse em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “passou um pito” em parte do seu ministério, em reunião com ministros da “área social”, da equipe econômica e da articulação política do governo, no último dia 14.
Em sua fala, que foi transmitida pelos canais oficiais do governo, o presidente pediu que as propostas de cada ministro só sejam anunciadas após serem encaminhadas ao ministro da Casa Civil, que vai submetê-las aos demais ministérios e ao próprio presidente.
“É importante que nenhum ministro e nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil. Que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo. Todas as propostas de ministros deverão ser transformadas em propostas de governo“, definiu Lula.
Buscando reagir
A fala de Lula é uma reação às declarações e ações de vários ministros (quase todos dos partidos burgueses que integram o governo) que vem destoando da política definida pelo presidente e/ou são anunciadas sem prévia autorização, constituindo-se de fato em uma armadilha para o governo Lula.
Essa situação é o resultado da presença no governo de vários “cavalos-de-Tróia”, de políticos golpistas, inimigos das reivindicações populares que se infiltraram no governo para defender os interesses dos capitalistas.
Sabotagem
São muitos os casos de sabotagem. Destacam-se, nas últimas semanas, por exemplo:
- o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que indicou defensores da privatização para o Conselho Administrativo da Petrobras;
- o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (do União Brasil), que vem sendo usado pela imprensa capitalista e pela direita para atacar o governo, por conta de várias denúncias de mal uso de recursos e equipamentos públicos;
- o ministério do Planejamento, da ministra Simone Tebet que, junto com outros ministérios, criou dificuldades adicionais para um acordo com o funcionalismo público, apresentando na negociação uma contraproposta inferior à que já havia sido recusada pelos representantes dos servidores, que acabaram se retirando da reunião de negociação (10/3).
Além da cúpula dos ministérios, os setores mais reacionários realizaram inúmeras nomeações de bolsonaristas e outros direitistas para o segundo e terceiro escalão.
Fora os sabotadores
A situação que é ruim pode ficar pior, pois foi anunciado que a pretexto de conseguir apoio em votações no Congresso e barrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, o governo estaria disposto a entregar dezenas ou centenas de cargos para o União Brasil (ex-DEM e PSL) e outros partidos do centrão.
Na lista do União Brasil, por exemplo, estão diretorias dos Correios, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), além das presidências da Telebrás e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).
Há previsão de ampliação da distribuição de cargos para o MDB, PP e outros partidos da direita golpista.
Toda essa situação é parte da política equivocada de concessões e capitulação à direita, que torna o governo ainda mais refém dos partidos golpistas que se infiltraram no governo.
A presença da direita é um entrave a qualquer tentativa de Lula de realizar políticas em favor do povo.
Os resultados dessas alianças foram sentidos no golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma (2016), com a ação decisiva dos “aliados”, então sob o comando do MDB, de Temer e Cia.; na condenação e prisão ilegais de Lula e tudo que foi aprovado contra o povo, desde então.
É preciso se livrar dos direitistas sabotadores do governo Lula.
O presidente e os setores à esquerda dentro do PT e do governo precisam se apoiar imediatamente em uma mobilização popular, que deve ser impulsionada e dirigida pelas organizações populares em torno das reivindicações do povo.
É daí que virá a força para se impor contra a chantagem feita por esses setores, tanto dentro do Congresso como dentro do próprio governo.
Antônio Carlos Silva
Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.
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Comentários
Então toda essa ala que atualmente comandam o país têm que cair fora. Especialistas melhores no assunto é essa turma dela.
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