Eleição na OAB já tem 2 nomes. Elton cumpre palavra, não concorre e deixa presidência maior que entrou

Sem arroubos, Elton Assis dá exemplo dignificante e tão necessário neste contexto de polarização e egos inflados em que vive a República

Expressão Rondônia
Publicada em 12 de julho de 2021 às 10:52
Eleição na OAB já tem 2 nomes. Elton cumpre palavra, não concorre e deixa presidência maior que entrou

PORTO VELHO – Está deflagrado o processo eleitoral para a renovação da diretoria da secional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB Rondônia, uma instituição não só de defesa da democracia, mas que em sua trajetória esteve na vanguarda de movimentos importantíssimos para o avanço do Brasil como um estado democrático de direito. Em, verdade, as conversas já vêm ocorrendo há muito tempo, mas, agora, começa a ‘afunilar’ as decisões do jogo.

Por enquanto, duas alas montaram trincheira e já estão em campo costurando entendimentos que lhes garantam a vitória em 15 de novembro próximo, data das eleições nas OABs dos 27 estados.

Os dois nomes já apresentados aos advogados – mesmo que de forma velada – são a advogada Zênia Cernov e do advogado Márcio Nogueira.

Ainda não se sabe se o processo sucessório na OAB chegará ao final apenas com estas duas candidaturas ou ser algum outro grupo entrará na disputa.

Quem será o vitorioso por enquanto é prematuro arriscar, posto que os dois grupos que se opõem são fortes e com grande poder de articulação.

A eleição para presidência da OAB não é jogo para amadores ou candidaturas com estrutura pequena.

Deste embate, no entanto, já há alguns vitoriosos: a democracia interna da entidade e o atual presidente, Elton Assis.

Elton fez campanha pregando contra a reeleição e agora demonstra que não era só discurso.

Sairá da presidência a Ordem maior do que entrou, incorporando ao currículo o bom e tão escasso exemplo de desapego ao cargo e com uma administração austera, compatibilizando as despesas da Casa às suas receitas.

Assim, sem grandes arroubos e com exemplos dignificantes e tão necessário neste contexto de polarização e egos inflados em que vive a República, vai se colocando como uma liderança pouco barulhenta, mas comprometida com princípios morais e éticos, além da permanente defesa da advocacia e das prerrogativas dos advogados.

Daqui até as eleições ainda há um caminho de 90 dias pela frente, período em que os dois grupos tentarão aparar as arestas com eventuais descontentes e, ao mesmo tempo tirar eleitor um do outro.

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